Verdão faz segundo tempo sensacional e elimina Atlético-PR da Copa do Brasil.
Sem sustos, o Palmeiras venceu o Atlético-PR com inteligência, por 2 a 0, e avançou para as semifinais da Copa do Brasil 2012. Agora só resta esperar o vencedor de Grêmio e Bahia. Na primeira partida, vitória dos gaúchos em Salvador, por 2 a 1.
O jogo
Luiz Felipe Scolari não promoveu nenhuma surpresa. Betinho entrou no lugar de Barcos, fazendo dupla com Mazinho. Valdívia era o responsável pela armação. Mas a primeira etapa foi muito difícil e fraca. O time não conseguia ser objetivo e efetivo.
Com o passar do tempo, o Verdão acertou seu posicionamento, mas mesmo assim o jogo ficou muito travado no meio. Em nenhum momento o Palmeiras ameaçou o gol do Atlético-PR, que por incrível que pareça, levava mais perigo, ainda mais com Guerrón escalado.
Felipão parecia estar satisfeito com o resultado. Afinal, qualquer empate até 2 a 2 dava a vaga para o Palmeiras. A única chance foi com Betinho, que concluiu mal.
Na volta do intervalo, sem alterações, o Palmeiras melhorou demais. Valdívia voltou mais disposto e distraiu a marcação. Quem ganhou foi Mazinho, que recebeu bolas mais “redondas” e certas para concluir em gol. Felipão deve ter orientado o chileno para se desvincilhar da marcação e promover maior armação.
Percebendo alguns espaços, Felipão sacou Betinho e mandou Luan. Na sequência, tirou Mazinho e colocou Maikon Leite. Com postura de time que queria vencer, o Palmeiras não deu chances para o adversário e foi para cima com tudo. Após jogada na lateral, Maikon Leite aplicou o drible da vaca em cima de Renan Foguinho e passou para Valdívia. O chileno viu Luan sozinho na esquerda e passou, estilo passe de futebol de salão. Luan, livre, viu espaço livre entre o goleiro e o zagueiro e mandou ver, abrindo o placar e dando mais tranquilidade para o Verdão. 1 a 0.
Com o gol, o Verdão atuou muito parecido com o Grêmio de 1996. Literalmente cozinhou os paranaenses, segurando a bola, trocando passes, virando o jogo e cativando faltas. Com sabedoria, o time cavou o segundo gol: Maikon Leite bateu escanteio, Valdívia deu um leve desvio e Henrique mandou de cabeça para as redes, estilo zagueiro artilheiro: 2 a 0.
Até o final da partida, o Palmeiras foi bastante superior. Trocou passes e manteve a posse todo momento. Agora, o Verdão aguardará a definição entre Grêmio e Bahia. No primeiro confronto, os gaúchos bateram os baianos por 2 a 1, em Salvador. O jogo de volta ocorre nesta quinta.
Domingo, o Verdão enfrenta o Grêmio, coincidentemente, pelo Brasileiro 2012.
Frases
“Acho que o Felipão foi muito bem, chamou a responsabilidade durante a semana criando essa polêmica. Ninguém falava dos jogadores, e sim de Felipão e diretoria. Acho que ele fez de propósito,” disse Valdívia, após a partida.
“A gente tem confiança e liberdade para pedir. Acaba o jogo cansado, mas é complicado sair. O Felipão entendeu. Por favor, não façam polêmica com isso,” disse o chileno.
“É um assunto que está encerrado. Não tem que ganhar ou perder nada para mudar (de opinião). Vou fazer meu trabalho como faço todos os dias. Se soubessem como é pensar em modificar, organizar o ambiente no vestiário, ver tudo mudar. Faço mais do que há 15 anos. Algumas pessoas acham que não estou mais com vontade. Minha vontade é muito maior,” afirmou Luis Felipe Scolari, técnico verde.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 2X0 ATLÉTICO-PR
Estádio: Arena Barueri, em São Paulo (SP)
Data/hora: 22/5/2012 – 19h30
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG)
Auxiliares: Marcos Eustaquio Santiago (Fifa-MG) e Cleriston Clay Barreto (SE)
Renda e público: R$ 460.195,00 / 17.574 pagantes
Cartões amarelos: João Vitor, Betinho e Valdivia (Palmeiras); Zezinho (Atlético-PR)
GOLS: Luan, 23’/2ºT (1-0); Henrique, 37’/2ºT (2-0)
PALMEIRAS: Bruno, Cicinho, Leandro Amaro, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Marcos Assunção, João Vitor (Patrik, 39’/2ºT), Valdivia e Mazinho (Maikon Leite, 21’/2ºT); Betinho (Luan, 15’/2ºT). Técnico: Luiz Felipe Scolari
ATLÉTICO-PR: Rodolfo, Pablo, Manoel, Renan Foguinho e Heracles (Gabriel Marques, 33’/2ºT); Deivid, Alan Bahia, Zezinho e Martín Ligüera; Guerrón (Edgar Junio, intervalo) e Bruno Mineiro. Técnico: Juan Carrasco.
