GeralPós jogo: Atlético - GO 2 X 1 Palmeiras

Pós jogo: Atlético – GO 2 X 1 Palmeiras

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Palmeiras perde mais uma fora, grande número de desfalques prejudica desempenho.

Por Alexandre Righetti

O Palmeiras perdeu para o Atlético-GO neste domingo, por 2 a 1 e segue sua luta para ficar longe da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Após mais uma derrota no Brasileiro, o técnico Luiz Felipe Scolari admitiu a superioridade dos adversários, nesse e nos últimos confrontos.

“A explicação que o treinador pode passar é que não temos tido qualidade superior aos adversários. Não adianta ficar procurando resposta ou algo para dizer que estamos melhores. Não ganhamos porque em lances que decidem a partida, principalmente nos últimos seis, sete jogos, os adversários têm tido mais aptidão”, explicou o treinador.

O Verdão tem os mesmos 16 pontos do 17º colocado Bahia e só não está na zona de rebaixamento porque tem uma vitória a mais do que a equipe nordestina. Logo abaixo, em 18º lugar, figura agora o Dragão goiano, que atingiu 15 pontos e pode até terminar a última rodada do turno, no próximo fim de semana, fora da faixa de degola.

A configuração da tabela teve participação direta de dois reservas do Palmeiras. O zagueiro Román foi improvisado na lateral direita e, nas suas costas, Eron abriu o placar aos 18 minutos. Aos 24, João Vitor aproveitou Eron mal posicionado para cruzar com precisão para Barcos empatar. Mas no segundo tempo Leandro Amaro saiu do banco e errou no gol de Rayllan, que também iniciou o jogo entre os suplentes, mas decidiu aos 34 minutos do segundo tempo.

O jogo – Luiz Felipe Scolari não teve muitas opções para escalar seu time neste domingo. Foram nove desfalques: Henrique, suspenso, e Marcos Assunção, Márcio Araújo, Artur, Fernandinho, Wesley, Daniel Carvalho, Luan e Maikon Leite vetados pelo departamento médico. Mesmo assim, o técnico surpreendeu em sua escalação.

Embora o zagueiro Luiz Gustavo já tenha treinado na lateral direita, posição sem alternativa com as dores de Artur e a venda de Cicinho ao Sevilla, outro foi improvisado no setor: Román. Uma escolha que, no primeiro tempo, acabou custando caro ao problema pela dificuldade do paraguaio em se adaptar.

Román, contudo, não foi a única complicação da equipe visitante no Serra Dourada. Com João Vitor e o reestreante Correa como volantes, faltou entrosamento e posicionamento correto à frente da área. Desta forma, o Atlético-GO, que se caracteriza por fazer pressão em casa com toques rápidos, achava espaço até para Ricardo Bueno, criticado no Palmeiras, arriscar.

O desentrosamento ficou ainda mais claro aos 11 minutos, quando Correa, que treinou com o grupo só três dias antes de atuar neste domingo, foi o único a não sair no momento certo para deixar os atleticanos impedidos e o gol não saiu apenas porque Patric, desequilibrado, facilitou o trabalho de Bruno.

Mas outro desajuste foi fatal. Aos 16 minutos, Román esqueceu de cobrir a passagem de Eron e, como Maurício Ramos estava adiantado demais, o lateral esquerdo recebeu com liberdade na grande área para dominar com a canhota e bater de direita, sem chances para Bruno evitar a abertura do placar.

O gol adversário acordou o Palmeiras, que passou a procurar mais Valdivia e, tocando mais a bola, ocupar o campo de defesa do Dragão. E acabou empatando da mesma forma pela qual sofreu o gol: João Vitor avançou como lateral, nas costas de Eron, e teve liberdade para colocar a bola na cabeça de Barcos e, de lá, para as redes, aos 24 minutos.

A diferença dos gols é que ver suas redes balançadas não mudou a postura do Atlético-GO, que já não tocava mais a bola de em pé e raramente assustava. E também não conseguia ajustar a marcação. Principalmente nas costas de Marcos, o Verdão pressionava e Mazinho não fez o segundo, aos 35 minutos, devido à grande defesa de Márcio.

O clube paulista começou o segundo tempo atuando com ainda mais constância no campo adversário, mas, aos 12 minutos, Valdivia saiu de maca – de acordo com a comissão técnica, sua substituição estava prevista. Nos minutos seguintes, a entrada de Obina em seu lugar pareceu ser melhor, já que o atacante logo teve duas grandes chances bem defendidas por Márcio.

Mas, na sequência da partida, o Verdão perdeu posse de bola sem o seu camisa 10 em campo. E o Atlético-GO até mexeu no seu setor ofensivo para aproveitar a mudança de panorama.

Foi quando duas alterações mudaram a história do confronto: Thiago Heleno saiu mancando para a entrada de Leandro Amaro e o meia Rayllan substituiu o atacante Ricardo Bueno. Aos 34 minutos, Leandro Amaro falhou e Patric, com liberdade, tocou para Rayllan, desmarcado, um minuto após sua entrada, definir a vitória goiana.

Sem organização, mais na vontade e disposição, além de lances de qualidade de Barcos, o Palmeiras pressionou em vão. O empenho serviu somente para Eron deixar o jogo como herói do Atlético-GO ao se impor sempre com sucesso à frente de Obina.

FICHA TÉCNICA 
ATLÉTICO-GO 2 x 1 PALMEIRAS

Local: estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Data: 19 de agosto de 2012, domingo
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-PE)
Assistentes: Alessandro Rocha de Mattos (Fifa-BA) e Marcio Eustáquio Santiago (Fifa-MG)
Assistentes adicionais: Claudio Mercante Junior (PE) e Francisco Leone de Oliveira (TO)
Cartões amarelos:Patric (Atlético-GO); Maurício Ramos e Thiago Heleno (Palmeiras)

Gols:
ATLÉTICO-GO: Eron, aos 18 minutos do primeiro tempo; Rayllan, aos 34 minutos do segundo tempo
PALMEIRAS: Barcos, aos 24 minutos do primeiro tempo

ATLÉTICO-GO: Márcio; Marcos, Gustavo, Reniê e Eron (Diego Giaretta); Dodó, Marino, Ernandes e Wesley (Felipe); Ricardo Bueno (Rayllan) e Patric
Técnico: Jairo Araújo

PALMEIRAS: Bruno; Román, Maurício Ramos, Thiago Heleno (Leandro Amaro) e Juninho; João Vitor, Correa (João Denoni), Patrik e Valdivia (Obina); Mazinho e Barcos
Técnico: Luiz Felipe Scolari

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