Palmeiras faz partida horrível e fica fincado na zona do rebaixamento. E agora?
Por Thiago Gomes
Sabe uma partida horrível, onde os jogadores estão sem vontade, batem a cabeça e tudo acaba dando errado? Hoje, foi assim. O Palmeiras já entrou derrotado, não ameaçou o goleiro Dida e ainda levou três gols, em três jogadas bonitas. O Palmeiras está a quatro pontos de sair da zona. Ou seja, mesmo que vença o Grêmio sábado, continua na degola.
O jogo
Felipão deixou Artur no banco e optou pela mesma formação que perdeu para o Santos. Betinho no ataque, ao lado de Mazinho e Barcos encaixado no meio. Ninguém jogou bem. O passe não saia de forma nenhuma.
O adversário, montado com quatro volantes, espiava o Palmeiras girar a bola. Valdívia tinha relapsos de bom jogador, mas logo caia no marasmo dos passes tortos. E assim o primeiro tempo acabou, sem emoção alguma na noite fria em São Paulo.
No intervalo, Felipão sacou Betinho e mandou Maikon Leite. Foi o erro fatal. Logo aos quatro minutos, Ananias meteu um drible da vaca em Correa e cruzou. Bruno Mineiro estava marcado por Leandro Amaro que, bisonhamente, caiu sozinho. O jogador lusitano nem precisou pular para cabecear e marcar: 1 a 0 Portuguesa.
Maikon Leite continuou dando espaços para Rogério, enquanto Juninho voltou pior do intervalo. Amarrado, o lateral palmeirense se mostrava totalmente apático e acéfalo. Felipão, então, mexeu duas vezes: colocou Márcio Araújo no lugar de Correa e Obina no lugar de Mazinho. Nada mudou e o time continuou péssimo em campo.
Valdívia era um dos poucos pontos de lucidez. A Portuguesa ameaçou Bruno, que defendeu. Mas aos 25 não conseguiu: Ananias deu belo passe se calcanhar para Rogério, que chutou forte. Bruno espalmou meio estranho e a bola tocou no travessão. Na volta, Bruno Mineiro só completou e ampliou: 2 a 0.
O cenário, que já era muito ruim, piorou ainda mais. O Palmeiras rodava a bola, e a Portuguesa tirava para escanteio. E assim foi boa parte da segunda etapa, até que Moisés invadiu a área, destruiu João Vitor e mandou no canto de Bruno, sem chances: 3 a 0 e o desespero aumentou.
Dida só teve um pequeno trabalho na segunda etapa: aos 35, João Vitor chegou sozinho e, em vez de cruzar, errou o chute e mandou para o gol. Atento, o goleiro defendeu.
Com a derrota, o Palmeiras está na “liderança” dos rebaixados, mas quatro pontos atrás do Bahia, que bateu o Santos na Vila Belmiro, por 3 a 1. Ou seja, mesmo que vença os gaúchos no sábado, o Verdão ainda não sairá da degola. Luz vermelha acesa no Palestra.
Frases
“É difícil explicar. Nosso time está tentando, não conseguimos dar um chute a gol. Temos de ver. Têm jogadores de qualidade do outro lado. Eles vieram aqui e fizeram os gols,” disse Thiago Heleno.
“O resultado é preocupante. Agora temos de falar menos e fazer mais,” completou o volante Correa.
FICHA TÉCNICA
PORTUGUESA 3 X 0 PALMEIRAS
Local: Canindé, em São Paulo (SP)
Data/hora: 29/8/2012, às 20h30
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Auxiliares: Anderson Moraes Coelho (SP) e Herman Brumel Vani (SP)
Renda e público: R$ 214.390,00 /7.531 pagantes
Cartões amarelos: Boquita, Ananias, Ferdinando e Moisés (POR); Valdivia, Thiago Heleno, Henrique e Leandro Amaro (PAL)
Cartões vermelhos: Não houve
Gols: Bruno Mineiro, 4′ 2º/T (1-0); Bruno Mineiro, 24′ 2º/T (2-0); Moisés, 40′ 2º/T (3-0)
PORTUGUESA: Dida; Luis Ricardo, Gustavo, Valdomiro e Rogério (Lima – 39′ 2º/T); Ferdinando, Léo Silva, Moisés e Boquita; Ananias (Diego Viana -38 2º/T) e Bruno Mineiro (Maylson – 45’2ºT). Técnico: Geninho.
PALMEIRAS: Bruno; João Vitor, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Juninho; Henrique, Correa (Márcio Araújo – 14’2ºT), Valdivia e Mazinho (Obina, 14′ 2ºT); Barcos e Betinho (Maikon Leite – intervalo). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
