FutebolUruguai reencontra Mineirão após derrota para Palmeiras/Brasil

Uruguai reencontra Mineirão após derrota para Palmeiras/Brasil

PARTICIPE DO CANAL PALMEIRAS ONLINE NO WHATSAPP
Tupazinho: é gol!
Tupazinho: é gol!

A seleção uruguaia voltará a enfrentar o Brasil no estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG), nesta quarta-feira (26), pelas semifinais da Copa das Confederações. No único confronto entre as equipes no local, realizado no dia 7 de setembro de 1965, o Palmeiras foi protagonista: representou o escrete nacional e venceu a Celeste Olímpica por 3 a 0. O jogo marcou a inauguração do Estádio Magalhães Pinto, o maior do estado de Minas Gerais.

O Verdão, vivendo a Primeira Academia e considerado à época um dos melhores times do país ao lado do Santos de Pelé, entrou para a história como o primeiro clube brasileiro a representar a seleção ‘canarinho’, do goleiro ao massagista, do roupeiro ao ponta-esquerda, incluindo os reservas.

Então comandado pelo técnico argentino Filpo Nuñes, o Palmeiras contava com nomes como Valdir de Moraes, Djalma Santos, Djalma Dias, Dudu, Julinho Botelho, Tupãzinho e Ademir da Guia.

O Uruguai, que tinha acabado de selar a classificação para a Copa do Mundo de 1966 de forma invicta, não ficava atrás. La Celeste era formada majoritariamente por atletas do Peñarol (campeão da Libertadores em 60, 61 e 66, além de vice em 62 e 65, e campeão mundial em 61 e 66) e do Nacional (segundo colocado do principal torneio das Américas em 64 e 67). Os grandes destaques eram Manicera (que atuou pelo Flamengo nos anos subsequentes), Cincunegui (ídolo do Atlético-MG no fim da década de 60), Varela, González e Esparrago.

O duelo foi equilibrado, mas o Alviverde, que sobressaiu sobretudo no segundo tempo, marcou com Rinaldo (pênalti), Tupãzinho e Germano, fez jus à escolha em meio a 80 mil pagantes e “soube ser brasileiro ostentando a sua fibra”. Memorável!

Germano, ‘faz mais um para a gente ver!’

Germano, autor do terceiro tento alviverde diante do Uruguai e irmão do folclórico Fio Maravilha, foi um bom jogador, mas ganhou notoriedade mesmo por conta de um fato extracampo.

Contratado pelo Milan-ITA após início de carreira promissor no Flamengo, casou-se, ao longo de sua passagem pela Itália, com a condessa Giovana Augusta, herdeira de uma tradicional família da Velha Bota.

Do relacionamento originaram-se uma filha e uma ‘deportação forçada’. O ex-ponta-esquerda, por pressão do provincianismo/racismo da nação europeia da época, teve de retornar ao Brasil (no caso, ao Palmeiras) na marra.

Julinho Botelho ‘fominha’

Perto de encerrar a carreira, o ídolo palestrino Julinho Botelho, que já vinha sendo pouco aproveitado, ‘exigiu’ a presença no amistoso de pompa. O ex-ponta-direita foi titular (deu lugar a Germano inclusive) e escreveu mais um capítulo de sua história no Verdão, que se encerrou em 1967, em um confronto contra o Náutico.

Héctor Silva

O meia-direita uruguaio Héctor Silva, que na temporada de 1970 foi contratado pelo Palmeiras, enfrentou o clube alviverde na capital mineira. O ex-jogador, que disputou 80 partidas e anotou 16 gols pelo Verdão, disputou a Copa do Mundo de 1966 e perdeu espaço no Palestra Itália após a chegada de Leivinha, contratado junto à Portuguesa.

Tardou, mas não falhou

Mais verde do que verde-amarela, a seleção brasileira, com a vitória por 3 a 0, ganhou a Taça Independência. O troféu em disputa passou a ficar exposto no próprio estádio. Em 1988, porém, a CBF (sucessora da CBD) decidiu homenagear o Palmeiras e realocou a honraria para abrilhantar ainda mais a vasta galeria de conquistas do clube.

Ficha Técnica
BRASIL (PALMEIRAS) 3 x 0 URUGUAI

Brasil [Palmeiras] – Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Procópio) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho Botelho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario).

Uruguai – Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manicera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago (Morales).

Árbitro: Eunápio de Queiroz
Data: 07/09/65
Local: Estádio Magalhães Pinto, em Belo Horizonte (MG)
Público: aproximadamente 80.000 pagantes
Renda: Cr$ 49.163.125,00
Gols: Rinaldo, aos 27, e Tupãzinho, aos 35 minutos do primeiro tempo. Germano, aos 29 da etapa final.

Fonte: Agência Palmeiras | Luan de Sousa

+ Palmeiras