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Confira os principais tópicos da entrevista de Nobre

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Palmeiras Online separa os principais tópicos da coletiva de Paulo Nobre.

Relação com o São Paulo

A relação entre Palmeiras e São Paulo, em nível de diretoria, é muito ruim. Desde os anos 40, quando tentaram roubar o Palestra Itália do Palmeiras… E a torcida não precisa bater na rua por isso, mas o exemplo tem de vir de cima, e com essa atitude é difícil ter bom relacionamento. Eu falava com a diretoria passada que precisávamos mudar essa história. Unidos, clubes como Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos seriam muito mais fortes. Mas com essa atitude concluo que não será nessa administração que a relação entre os clubes vai mudar.

Não vou liderar movimento contra o São Paulo. Mas a decepção é muito grande, e a relação com o São Paulo está totalmente prejudicada. A negociação ficou muito próxima. Não olho salário fixo. Eles se prendiam muito. Tudo sai do Palmeiras. Preocupo com o que posso pagar, e ele com o que pode receber. Eu olho o pacote todo. O Palmeiras subiu quatro ou cinco propostas, eles baixaram uma, e ficou muito próximo. Tinha certeza de que ia fechar, estava praticamente encerrado, e infelizmente não deu certo. Presidente tem de ser homem de assumir se bate pênalti para fora. Se a negociação não dá certo, assumo a inteira responsabilidade pela negociação. Houve várias negociações, alterei propostas da minha mesa olhando o todo, e se eventualmente não saiu, a responsabilidade é do presidente e assumo.

Sobre Alan Kardec

Venho aqui comunicar que Alan Kardec não é mais do Palmeiras. É a única vez que vou falar de Kardec. Sábado fui comunicado pelo pai e pelo estafe do jogador que não tinha chance de ele ficar no clube, porque ele já tinha se apalavrado com o São Paulo desde a semana passada. Diante disso, perguntei se não havia possibilidade de o Palmeiras ter acesso à proposta e estudar cobrir. Ele disse que a única chance de continuar no Palmeiras seria romper com o pai, porque já tinha dado a palavra ao São Paulo, independentemente da proposta do Palmeiras. Não houve como continuar. Ele não continua porque não quer. Nós não mediríamos esforços para mantê-lo no clube. A minha obrigação é a responsabilidade financeira do clube. Participo de todas negociações e defendo cada real. Se hoje está difícil financeiramente é porque outras gestões gastaram o seu dinheiro e o de administrações futuras. No ano passado, administramos com 25% das finanças, e não atrasamos salários. Tentamos de todos os jeitos. A negociação ainda tinha 30 dias até o fim de maio. Ficou muito próximo e estava tranquilo que acertaria, mas um time entrou de forma antiética. Ele era do Palmeiras, sob contrato, e um dos principais titulares. Com negociação em curso, veio outro time (o São Paulo), fez proposta, e o estafe do jogador aceitou. Temos por política não contratar agente para depois falar com jogador. Nem discutimos remuneração com empresário. Quando isso aconteceu, o estafe não quis mais conversar conosco. Tentamos falar com o Alan, e só no sábado nos encontramos, e tive essa notícia. Outros presidentes me telefonaram. Kardec estava no ostracismo no ano passado e hoje está cotado para a Copa do Mundo. Outros times me ligaram e falaram que tinham interesse, e quando eu encerrasse a negociação iriam entrar. Agora, (agir) de maneira sorrateira é totalmente antiético. Os clubes são desunidos. Na hora de negociar contratos, somos fracos. De que adianta dar “passa-moleque” em alguém se você continua fraco? Quem ganhou a presidência no São Paulo (Aidar) é um dos mentores do Clube dos 13 e chega com essa atitude? A relação entre Palmeiras e São Paulo é péssima desde os anos 40 e com essa administração não será diferente. Somos éticos e não bonzinhos, e continuaremos com nossa política.

Ano passado fui muito criticado por parte da torcida por trazer o Kardec, que estava no Benfica B. Mas eu estava muito seguro. E hoje muitos criticam a saída dele. É nossa obrigação fortalecer o elenco, independentemente do Kardec.

Palmeirenses que ameaçam cancelar o programa de sócio-torcedor, o Avanti

O programa é importantíssimo. Se tivéssemos 140 mil torcedores (no programa), poderia ser outra condição, mas o torcedor é apaixonado. Eu também sou, mas preciso conter meu lado torcedor. É natural o torcedor ficar decepcionado. Porém, com essa atitude, vai contra o seu clube. Cancelar o Avanti é um tiro no próprio pé. Não vai contra o Nobre, e sim contra o clube do coração

Contratos de produtividade

É responsabilidade e produtividade. Entrou porque muito jogador usa como argumento que merece (ganhar mais) por ser titular. Se for titular, digo que merece. Eu digo que se for titular ganha X por jogo, e aí tem todos brigando para ser titulares. É um conceito. Não quero corrigir o futebol brasileiro, mas a maioria dos clubes está quebrada porque gasta mais do que arrecada. Não tive dificuldade com produtividade, nem com Alan, e com o pai do Alan, que deu dicas sobre produtividade. Ele foi taxativo em dizer que esse não era o problema. Toda quebra de paradigma encontra dificuldade. É um conceito e quem jogar no Palmerieas tem de entender. Não é pra sacanear, é pra ser justo.

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