GeralPor salário menor, zagueiro preferiu Palmeiras ao Corinthians

Por salário menor, zagueiro preferiu Palmeiras ao Corinthians

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Gustavo beija a camisa do Palmeiras após marcar contra a Lusa, pelo Brasileirão-2008

Imagine que você faz um grande Brasileirão pela equipe sensação do campeonato e, ao fim do torneio, recebe proposta de dois gigantes: uma do Palmeiras e outra do Corinthians, esta superior financeiramente. A lógica diz para aceitar o salário mais alto, certo?

Mas para o zagueiro Gustavo Franchin Schiavolin, o coração acabou pesando.

Mesmo por um contracheque menor, ele acabou aceitando a oferta palmeirense e acertou com o clube do Palestra Itália. Com a camisa alviverde, conquistou o Paulistão de 2008, além do carinho dos torcedores pela raça em campo.

Hoje defendendo o Bahia na Série B, aos 33 anos, ele diz que a escolha à época foi “natural”.

“Eu fui muito bem no Paraná, em 2007, e o técnico era o Caio Junior. Ele foi para o Palmeiras e me levou junto. Foi o ápice da minha carreira, porque era o time que eu gostava e tinha identificação. Minha família é toda palmeirense, o Palmeiras era meu time de infância. Foi especial demais representar o time que eu torcida, porque é difícil para um jogador conseguir isso”, lembra Gustavo, em entrevista ao ESPN.com.br.

“Curioso que o Corinthians me fez uma proposta para ganhar R$ 10 mil a mais por mês, só que eu já tinha dado a minha palavra ao Palmeiras. E palavra, pra mim, tem muito mais valor que documento. Isso foi tão natural que, na minha apresentação, eu contei, e gerou uma identificação imediata com a torcida. Eles já gostavam de mim antes mesmo de entrar em campo (risos)”, recorda, saudoso.

Gustavo fez parte do time que o Palmeiras do técnico Vanderlei Luxemburgo montou em parceria com a Traffic, e chegou no mesmo pacote de atletas como o meia Diego Souza e o atacante Kleber Gladiador.

A equipe demorou para entrosar, mas o beque formou boa dupla com Henrique e ajudou o elenco a se sagrar campeão do Paulistão, acabando com um longo jejum de títulos no Palestra Itália.

“Só fiquei de fora de um jogo naquele Estadual. Para mim foi demais, fui campeão pelo time que até outro dia eu vibrava e chorava. Eu sabia o que o torcedor estava sentindo, mas eu estava dentro de campo, sentindo a mesma coisa”, conta.

“Aquele grupo tinha só feras: Marcos, Kleber, Diego Souza, Denílson, Alex Mineiro, Valdívia… Meu Deus, que seleção (risos)! A gente sempre concentrava e ficava na resenha até 4 da manhã. A gente gostava de ficar juntos, o coletivo era excelente. Entrávamos em campo já sabendo que iríamos ganhar”, ressalta.

Daquele grupo, Gustavo sente muita falta do goleiro Marcos.

“É um mito, muito carismático e todos gostam dele. Conta piada, é engraçado, fala com todo mundo. Dentro e fora de campo ele é daquele jeito. Antes, eu já admirava só de ver pela TV, depois que passei a conviver virou meu ídolo”, salienta.

“Teve uma coisa do Marcos que eu levei para o resto da minha carreira, porque ele era o cara que mais treinava no Palmeiras, chegava sempre no horário, treinava depois na musculação. Construiu uma história bonita com esforço e dedicação”, acrescenta.

O defensor também elogia o trabalho de Luxa naquele Paulistão.

Fonte: ESPN

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