Allianz ParqueEm nova reunião com sócios, Paulo Nobre escancara contratos do Allianz Parque

Em nova reunião com sócios, Paulo Nobre escancara contratos do Allianz Parque

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O presidente Paulo Nobre voltou a se reunir com associados do Palmeiras na noite desta segunda-feira, na sede do clube. Dessa vez, o cartola abriu o que alguns sócios consideram a “caixa-preta” do Allianz Parque e apresentou aos presentes detalhes dos contratos e negociações com a WTorre ocorridos antes da reforma do estádio.

Cerca de 160 palmeirenses compareceram ao encontro desta segunda e viram a direção do Palmeiras mostrar as mudanças dos contratos ocorridas entre as gestões dos ex-presidentes Della Monica, Belluzo e Tirone. Os associados pediram para que uma sindicância da arena seja aberta pela cúpula alviverde.

Conforme o que foi apresentado aos sócios, as principais diferenças foram na passagem da presidência de Della Monica para a de Belluzzo. Os slides mostrados por Paulo Nobre apontam que o que foi divulgado em julho de 2008 teve mudanças depois de dois anos, quando a escritura foi assinada.

Com Della Monica, um esboço do contrato com a WTorre com os associados foi divulgado aos associados, que tiveram acesso ao projeto por meio de folders e revistas. Mas o memorial descritivo assinado na gestão seguinte teve pequenas diferenças em relação a dois anos antes, conforme slides apresentados por Nobre nesta segunda.

Uma das mudanças seria à ordem seguida pela reforma. O ideal seria a realização das obras da parte social antes da demolição do estádio, mas ocorreu o contrário. Por isso, a briga por conta dos dois novos prédios administrativos dura até hoje entre o Palmeiras e a WTorre, com a discussão de quem paga pelos acabamentos finais, em torno de R$ 20 milhões.

Para efetuar o pagamento da obra, a agremiação decidiu cobrar uma taxa extraordinária dos associados – R$ 55 para o plano individual e R$ 88 para o família. Alguns sócios ficaram revoltados e solicitaram reuniões com a diretoria de Paulo Nobre para entender a situação. Três encontros já ocorreram desde a semana passada.

Entenda a discussão

Ocorre que, no acordo com a WTorre para a construção do Allianz Parque, a construtora teria se comprometido a dar dois prédios novos onde funcionariam os diversos departamentos que anteriormente estavam localizados sob as arquibancadas do antigo Palestra Italia, além do salão de festas do departamento social do Palmeiras.

Só que o clube considera que os edifícios foram entregues sem as devidas condições de uso, com equipamentos subdimensionados em relação à carga elétrica demandada pelos departamentos e com acabamento precário, o que obrigará a agremiação a gastar mais de R$ 20 milhões em obras de infraestrutura.

No entanto, há um entedimento diferente do lado da construtora.

“O contrato falava que o ginásio de esportes ia ser em determinado momento e o outro prédio em outro, não falava em acabamentos. Isso poderia ter sido negociado com a WTorre e não foi, deixou para depois, não sei. O contrato foi um benefício. Realmente tem coisas que foram malfeitas ou mal terminadas, mas que foi problema de gerenciamento de obras, que era por conta do Palmeiras”, explicou José Ciryllo na última quinta. Ele era diretor do Palmeiras na época da assinatura do documento com a WTorre.

O imbróglio já foi até parar na Justiça. Cerca de 30 associados – em sua maioria ligados à oposição – ingressaram com uma ação declaratória de nulidade e inexigibilidade de cobrança de taxas, com pedido de antecipação de tutela. Mas a juíza Gabriela Fragoso Calasso Costa já indeferiu o pedido, “haja vista que os motivos que levaram ao aumento das mensalidades e a sua ilegalidade demandam melhor apuração”.

Fonte: ESPN

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