Allianz ParqueGramado do Allianz Parque ainda apresenta falhas. Entenda por quê

Gramado do Allianz Parque ainda apresenta falhas. Entenda por quê

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O estado do gramado do Allianz Parque ainda é alvo de críticas pouco mais de um ano depois da abertura do estádio. No último domingo, o Palmeiras recebeu o Vasco no local e falhas no campo roubaram a cena em alguns lances da partida válida pelo Brasileirão.

Procurada pela reportagem, a WTorre minimizou os problemas. Segundo a construtora, o campo está em condições ideais, sem buracos ou falta de grama. “O que há é uma área com coloração diferente por causa da recomposição. As condições do gramado vêm melhorando. Esse é um aprendizado que, imaginávamos, demandaria mais tempo”, disse por meio da diretoria de comunicação.

As falhas, porém, são visíveis e estão ligadas a alguns fatores que dificultam a tarefa. Segundo Artur Melo, projetista e consultor em gramados esportivos, a sombra criada pela estrutura do estádio contribui para a atual condição do campo do Palmeiras. O fato, segundo ele, é comum a praticamente todos os estádios usados na Copa do Mundo 2014.

“Uma cobertura opaca, que não é translúcida, faz muita sombra. Na Europa, existe esse problema sério também. Os holandeses, então, desenvolveram aquelas luzes artificiais, que são usadas por aqui também. A partir de maio (aqui no Brasil) sempre haverá um problema grave de sombra em todas as novas arenas”, explicou Melo.

O gramado do Allianz Parque, segundo ele, usa a luz artificial, minimizando o problema. A medida, entretanto, esbarra no alto custo do procedimento, pois o valor de cada unidade de luz é bastante elevado, de aproximadamente 400 mil euros (R$ 1,62 milhão).

Este mês, porém, o campo enfrenta outro problema: a entressafra. Na segunda metade de maio, o gramado passou por um processo de plantio das sementes de inverno. A grama, com a chegada dos meses mais quentes, começou a morrer. De acordo com Melo, o processo é correto e normal.

“Para enfrentar os meses de inverno, é semeada sobre a grama de verão uma grama de inverno. Quanto mais frio, mais bonito vai ficar. Em outubro e novembro, a grama de inverno começa a morrer. Há uma pequena entressafra de alguns dias até a de verão voltar. Junte a isso o excesso de sombra e o excesso de eventos”, disse.

Explicações

Após o amistoso entre Brasil e México no local, em junho, a World Sports, empresa responsável pelo gramado, frisou que a condição ruim estava ligada ao processo de plantio das sementes de inverno.

“O período entre a semeadura e o primeiro uso do campo não foi suficiente para que o gramado atingisse a maturidade ideal, prejudicando o desenvolvimento do gramado”, explicou por meio de nota.

Melo, que participou dos projetos dos gramados da Arena Corinthians, Fonte Nova, Arena da Amazônia, Arena das Dunas e Arena Pernambuco, disse que a tendência é que a condição do gramado melhore bastante nos próximos meses. “É uma grama de excelente qualidade. Na abertura do Paulistão, muito provavelmente, ele estará espetacular”, ressaltou.

Sequência de eventos

Em quase 13 meses, 35 partidas foram disputadas no local, além de outros eventos, como um evento de games e shows — Roberto Carlos, Paul McCartney, Katy Perry, Rod Stewart e a banda Muse já passaram pelo estádio.
Antes da partida entre Palmeiras e Vasco, o último jogo no local foi disputado 11 dias antes (o time palmeirense encarou o Fluminense pela semifinal da Copa do Brasil. Apesar do período razoável, as falhas no gramado persistiram.

A WTorre, por sua vez, ressalta que após as apresentações musicais, o campo estava em melhor estado. “Depois do show do Rod Stewart e da Katy Perry, o gramado estava em boas condições. O estado atual é uma faixa de coloração diferente do resto do campo”, minimizou a construtora.

Fonte: UOL

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