Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras.
Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras.

Em entrevista à rádio Jovem Pan neste domingo, o mandatário reafirmou que não teria condições financeiras de adquirir o estádio sozinho, mas reconheceu que a negociação seria possível por meio de parcerias.

“Gostaria de ter o tamanho que as pessoas acham que tenho. Se eu tivesse condições, compraria o estádio. Hoje não tenho, mas os palmeirenses são engajados. Poderíamos nos unir, buscar parceiros e recursos para viabilizar a compra. Não tenho dúvidas de que isso seja possível de acontecer. Mas, primeiro, precisávamos saber da vontade deles em querer comercializar o estádio”. “Se a parceira decidir vender o Allianz Parque, a gente pode tentar viabilizar a compra”, completou Nobre.

Paulo Nobre, Palmeiras, Academia de Futebol, Sao Paulo SP, 10/11/2016, Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press
Paulo Nobre admitiu a possibilidade de comprar o Palestra Itália (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
A WTorre detém os direitos de exploração do estádio até 2044 (30 anos após a inauguração do estádio), sendo que o Verdão aumenta sua participação nos lucros da Arena a cada cinco anos. Recentemente, a relação entre clube e empresa piorou, com a construtora inclusive instalando uma câmera no camarote da diretoria alviverde.

Outro ponto que causou divergência nas últimas semanas foi o estado do gramado. Cuca e alguns jogadores do elenco reclamaram da condição do campo após uma série de shows musicais no estádio. A banda americana Guns N’ Roses se apresentou no local dois dias seguidos, sexta-feira e sábado desta semana.

As intervenções financeiras de Paulo Nobre foram comuns ao longo de seu mandato no Palmeiras, que se encerra ao final do ano. Durante o período, o presidente emprestou dinheiro no clube para melhorar o fluxo de caixa em mais de uma oportunidade.

Além disso, Nobre assumiu direitos econômicos de atletas contratados, como os estrangeiros Allione, único ainda no elenco, Tobio, Mendieta e Mouche (emprestados), e Cristaldo, que já deixou o Alviverde. Na negociação, o mandatário colocou dinheiro do próprio bolso pelas contratações e, quando os atletas forem negociados, Nobre ficará com o valor investido, enquanto o lucro irá para os cofres alviverdes. O presidente também tem ajudado a custear a reforma da Academia de Futebol, com a criação de um hotel que servirá de concentração para os jogadores na Academia de Futebol.