Ainda teremos fortes emoções, torcedor!

O jogador Willian, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do Santos FC, durante partida válida pela nona rodada, do Campeonato Paulista, Série A1, no Estádio da Vila Belmiro.

Por Thiago Gomes
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O jogo contra o Peñarol pela Libertadores foi algo surreal. Vivemos um mix de sentimentos. Desde dejá-vu por causa do ano passado até a esperança pelo gol. O torcedor não desgrudou o olho do campo até o último minuto de fato. Mesmo com todos os erros da arbitragem, o palmeirense sabia no fundo do coração que ainda dava para chegar.

Fabiano então estourou o Allianz Parque em alegria após cabeçada imitada por Michel Bastos após a cobrança de escanteio. A bola caprichosamente resvalou na trave e entrou. Os três pontos eram primordiais para o bom andamento da classificação e também para dar paz ao time que vai disputar as semifinais do Campeonato Paulista.

Falando em Estadual, muito se fala sobre a importância do título. Ganhar ou não ganhar o Paulistão virou uma guerra nas discussões nas mesas de bar. Quem acha que o título é ruim fala que exatamente por isso o Corinthians é o maior vencedor de taças e o Santos é o maior finalista dos últimos 10 anos (e que só ganhou isso desde então). Quem é a favor sabe que ganhar o Estadual pode impulsionar outros títulos no ano e assim honrar cada vez mais a história. Eu penso que levantar a taça é muito válido, desde que seja em cima de um rival. E é justamente o destino que está sendo traçado.

Saibam, amigos, que passar da Ponte Preta não será nem um pouco fácil. Principalmente se olharmos o histórico recente. O Verdão que foi Eneacampeão Brasileiro perdeu duas vezes para o time campineiro, aqui e lá. E perdeu com propriedade mesmo. Perdeu vendo o adversário vindo para cima e atacando feito um time de maior expressão. Portanto não adianta se gabar sobre uma possível final sem de fato conquistar a vaga.

Se passarmos, acredito que enfrentaremos o São Paulo. Praticamente eliminado da Copa do Brasil, o rival de muro deve partir para cima do Corinthians no Morumbi e jogar fechadinho lá nos cafundó de Itaquera. Por uma questão de análise estatística, eu prefiro muito mais encarar os tricolores do que os alvinegros. Não é medo, mas ficou notório que temos uma certa dificuldade em jogar com times que se fecham e são retranqueiros. Perdemos em Itaquera na primeira fase justamente por essa tática apelativa e sem qualquer planejamento do rival. Final é final e qualquer erro pode ser fatal.

O que importa é que o ano ainda vai nos reservar fortes emoções. O Paulistão está aí e eu duvido que um clássico na final não vai mexer com o seu coração. Ou melhor, com os nossos corações palestrinos.