Borja ouve conselho de Eduardo no intervalo e desencanta no Palmeiras

Atacante não marcava há quatro partidas pelo Verdão, e técnico recomendo que o colombiano ficasse mais perto da área: 'Artilheiro precisa de gol para estar bem'

O jogador Borja, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Domingues, do G Novohorizontino, durante partida de ida válida pelas quartas de final, do Campeonato Paulista, Série A1, no Estádio Jorge Ismael de Biasi (Jorjão).

Ninguém criou tanto no jogo entre Novorizontino e Palmeiras do que Borja. Foram dez finalizações para o centroavante (seis no alvo e quatro fora) conseguir encerrar um jejum de quatro partidas sem marcar no Verdão. Autor do segundo gol no triunfo de virada no domingo, o camisa 12 ouviu conselho do técnico Eduardo Baptista no intervalo.

– O Borja vinha buscando, conversamos com ele no intervalo para estar mais presente na área, ele ouviu e fez a diferença. Criou a cabeçada (que pegou na trave), o chute que o goleiro pegou, até o gol. É importante, porque artilheiro precisa de gol para estar bem – explicou o treinador.

Depois de um início fulminante com dois gols nos dois primeiros jogos (Ferroviária e Red Bull), o centroavante passou em branco contra Atlético Tucumán (ARG), São Paulo, Jorge Wilstermann (BOL) e Santos. De volta após disputar as Eliminatórias pela Colômbia, ele teve participação importante no triunfo por 3 a 1, em Novo Horizonte (SP).

– Uma coisa é marcar o gol, outra é a movimentação. Quando não faz o gol, a movimentação tem de ser maior ainda para criar chances. Foi o que buscamos. No segundo tempo ele fez o gol, esteve na área, criou para ele uma chance de bola longa. É importante, o atacante fazendo gol ou não, se movimentar para confundir a defesa adversária – completou.

Com o gol no domingo, Borja manteve sua hegemonia em jogos de mata-mata. No Atlético Nacional (COL), dos seus 17 gols, 16 foram em jogos deste tipo. Ele disputou 20 jogos eliminatórios pelo ex-clube. Além de ter feito 16 gols, conquistou dois títulos (Libertadores e Copa da Colômbia) e chegou à final da Sul-Americana, que acabou não acontecendo por causa da tragédia com a Chapecoense. O desempenho nesse tipo de disputa só não é perfeito porque o clube foi derrotado pelo Kashima Antlers (JAP) na semifinal do Mundial de Clubes – na decisão do terceiro lugar, venceu o América do México.

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