Dudu e Borja veem Verdão diferente na volta de Cuca; Prass pede cautela

A goleada, a volta de Cuca e a atuação de Borja, não trouxeram apenas esperança para o torcedor, os atletas também se empolgaram. O goleiro, porém, quer evitar oscilações

Cinco meses separaram a despedida de Cuca, contra o Vitória, na última rodada do Brasileirão-2016 e a volta do comandante ao Palmeiras, contra o Vasco, no último domingo. O retorno não poderia ter sido melhor. Uma goleada por 4 a 0, com o Allianz Parque praticamente lotado e um lugar na ponta de cima da tabela do Campeonato Brasileiro.

No entanto, isso não foi o mais importante. A mudança de ares no comando técnico do Palmeiras, com a presença de um ídolo, quase incontestável pela torcida, traz de volta a confiança em dias melhores para o clube em 2017.

E não foi só a torcida palmeirense que sentiu o impacto da troca, os jogadores, dentro de campo se sentiram no dever de trazer um alento para aqueles que acompanham a equipe durante a temporada.

– A gente sabia que tinha que dar uma resposta para o torcedor, um jogo convincente, que eles voltassem felizes para casa, acho que isso aconteceu também, mas agora é manter os pês no chão, porque quarta-feira a gente tem um jogo difícil contra o Inter – avaliou Dudu.

O convencimento dito pelo capitão do Verdão torna-se um ponto crucial na discussão deste ‘novo Palmeiras’ e corrobora com a motivação dos dirigentes para demitir Eduardo Baptista e (re)contratar Cuca. Embora os resultados não fossem ruins, o desempenho não era o esperado.

– Hoje (domingo) os companheiros me ajudaram bastante, toda a equipe estava muito concentrada. Tivemos uma atuação diferente da que tivemos na Bolívia, pudemos ganhar o jogo e isso foi importante – declarou Borja.

Assim o colombiano viu a atuação do Verdão contra o Vasco, com perfil diferente daquele que vinha sendo exibido sob o comando de Eduardo Baptista. Mas não foi só ele que viu mudanças. A pegada na marcação mais adiantada, pressão na saída de bola e a variação de posições utilizando o melhor que o elenco recheado oferece, foram evidentes para quem assistiu ao jogo.

Em tom mais cauteloso, Fernando Prass ressaltou que sempre que há uma troca de treinador, o grupo naturalmente procura dar uma resposta, mas citou as mudanças de posição que Cuca efetuou em momento delicado da partida sem substituir jogadores.

Além disso, o goleiro do Palmeiras lembrou que esse mesmo time já apresentou partidas muito boas durante a temporada, porém pecou pela falta de regularidade e exagerou na oscilação, algo que ele pede atenção.

– A gente conseguiu contra o São Paulo, contra o Santos na Vila, contra a Ferroviária, contra o Novorizontino… O que aconteceu é que a gente oscilou muito, e agora a gente tem que provar que a gente não vai oscilar. Então no próximo jogo a gente vai ser cobrado, a gente tinha conseguido fazer partidas muito boas antes, mas o problema foi a oscilação – afirmou Prass.

E não vai demorar para o time provar que não vai oscilar. Nesta quarta-feira já terá um grande desafio, contra o Internacional, no Allianz Parque, às 21h45, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.