Pena do Palmeiras pode diminuir, mas ‘tapa na cara’ pesa contra Felipe Melo

O goleiro Fernando Prass, da SE Palmeiras, em jogo contra a equipe do CA Peñarol, durante partida válida pela primeira fase, da Copa Libertadores, no Estádio Campeón Del Siglo.

Declaração do volante em sua apresentação no Palmeiras foi considerada pelo comitê disciplinar da Conmebol na decisão de lhe aplicar seis partidas de gancho na Libertadores

Insatisfeito com as punições aplicadas pela Conmebol por conta dos incidentes no duelo contra o Peñarol, em Montevidéu, o Palmeiras entrará com recurso no início da próxima semana. Dentro da confederação, no entanto, o que se ouve é que dificilmente a sanção imposta a Felipe Melo será reduzida.

O volante tomou seis partidas de gancho – uma já cumprida – pela briga dentro de campo, na qual ele foi perseguido por uruguaios e acertou dois socos em Matías Mier, jogador do Peñarol. Se a pena não for reduzida, ele ficará novamente à disposição na Libertadores somente em uma eventual semifinal.

Segundo apuração do GloboEsporte.com, o Tribunal de Disciplina levou em conta as imagens do ocorrido, mas conferiu grande peso à súmula da arbitragem e, sobretudo, à entrevista de apresentação de Felipe Melo no Palmeiras, no início do ano, quando disse que “se tiver que dar tapa em uruguaio, eu vou dar, se tiver que dar porrada, eu vou dar porrada”.

Apesar dos pedidos de desculpas por parte do jogador antes dos encontros com o Peñarol no torneio, a declaração foi interpretada pelo comitê disciplinar da Conmebol como uma irresponsabilidade, um gatilho para as confusões em Montevidéu. Na última quarta-feira, em entrevista ao SporTV após a vitória sobre o Internacional, na Copa do Brasil, ele se disse vítima no episódio.

Já a decisão de punir o Palmeiras com três jogos como visitante sem sua torcida esteve baseada na sanção aplicada à Universidad de Chile pelas confusões na Arena Corinthians, em abril. O entendimento foi de que os torcedores palmeirenses também tiveram culpa na briga com os uruguaios na arquibancada, embora em menor medida do que ocorreu em Itaquera.

Justamente por isso, as chances de redução dessa pena são consideradas maiores dentro da Conmebol. Os recursos não são julgados pelos membros do tribunal, mas, sim, por uma câmara de apelações, composta pelo equatoriano Guillermo Saltos, o peruano Juan Monroy Gálvez, o colombiano Álvaro González e o uruguaio Leonardo Goicoechea (que não deve ter voto neste caso).

Nesta sexta-feira, a confederação deve informar a punição do Peñarol, cuja defesa requisitou audiência presencial na última quarta. A tendência é de que o clube uruguaio receba sanção mais grave do que o Palmeiras.