Os jogadores do Palmeiras que não viajaram para Santa Catarina para o duelo contra a Chapecoense não tiveram folga. Muito pelo contrário. Os atletas que permaneceram em São Paulo continuaram em preparação para o decisivo duelo contra o Atlético Tucumán, na próxima quarta-feira, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. E um deles mereceu atençaõ especial: Miguel Borja.
Novo dono da camisa 9, o atacante colombiano tem passado por um trabalho técnico intensivo. Tudo para continuar em evolução e se adaptar ao estilo de jogo adotado por Cuca.
– Ele (Borja) está tendo uma dificuldade de entender o jogo “vai e vem”. Pode ver que muitas vezes ele fica na zona de impedimento. Ele ficou fazendo um trabalho desse tipo, técnico, para poder entrar nas diversas situações de jogo. Do lado da bola, do outro lado, pivô… Dentro do desgaste que estavam, ele e o Guerra fizeram esse trabalho para que quarta estejam bem – revelou o treinador, em entrevista na Arena Condá.
Desde a saída de Alecsandro para o Coritiba, Cuca perdeu uma opção para assumir a vaga de Borja. Sem nenhum atleta com as características de centroavante, ele utilizou Willian na função contra a Chapecoense e depois testou Erik. Após admitir publicamente a necessidade de reforços, o treinador agora pede calma.
– Lógico que se não tem ele (Borja) tem uma carência. As coisas aconteceram para que possa acontecer a vinda de um jogador. Com muita calma, para não ter erro e fazer a coisa bem certinha – acrescentou o comandante do Verdão.
Nas atividades de posicionamento e finalização na Academia de Futebol, Borja tem recebido atenção da comissão. Em alguns dos trabalhos já foi possível ver o colombiano recebendo orientações para fazer o papel de pivô. A pouca mobilidade do agora camisa 9 já vinha sendo alertada por Eduardo Baptista.
Com Cuca, Borja fez duas partidas e marcou dois gols. O atacante foi o maior investimento da história do clube (US$ 10,5 milhões) e, em 15 partidas, fez seis gols com a camisa alviverde até agora.