Arena do Palmeiras terá descida de rapel de 40 metros para os visitantes

Executivos querem diversificar programação para o público, como a possibilidade de ceder gramado para torcedores jogarem

A partir do próximo mês quem for ao estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, terá outras atrações além de jogos de futebol, shows e visitas guiadas. Uma das principais novidades é a abertura da arena para atividades de esportes radicais, como a descida de rapel de 40 metros, com saída da cobertura próxima ao telão do setor Gol Norte e chegada no gramado.

A ideia de promover pela primeira vez no Brasil uma atividade desse gênero começou há seis meses, quando a WTorre, construtora responsável pela arena, firmou parceria com a Arena Experience, startup criada em janeiro e que investiu cerca de R$ 1,5 milhão na criação de um pacote para ampliar a lista de atrações do Allianz Parque.

“Temos o tour, que tinha como foco para os frequentadores conhecer a nova arena. Mas aos poucos isso perdeu o sentido. Então, precisávamos de algo mais novo e original”, disse ao Estado o gerente geral do Allianz Parque, Eduardo Rigotto.

O rapel integra o novo tour radical, que terá outras atrações ainda não divulgadas. Para o público mais voltado ao futebol, os organizadores prometem começar no próximo mês um novo programa de visitas, com foco mais na história do clube em vez dos detalhes sobre a construção da arena.

Outra aposta é a de vender vagas para torcedores formarem times e jogarem no gramado sob o comando de ídolos do clube, que atuariam como treinadores das equipes.

“Os valores dessas atrações para o público ainda não estão fechados. Estamos à procura de patrocínio para tentar fechar um preço menor. Queremos atrair à arena um público que não é somente o palmeirense”, disse o executivo de marketing da Arena Experience, Rodrigo Geammal. Segundo a WTorre, parte do lucro com essas operações ficará para o Palmeiras, como previsto no contrato.

O tour no formato atual atrai 50 mil visitantes por ano à arena. A meta com o novo pacote é conseguir atrair o dobro de pessoas em no máximo três anos. Para trabalhar na recepção ao público a construtora organizou um processo seletivo de novos guias. Foram mais de 600 candidatos para no máximo 20 vagas.

A programação de esportes radicais, como a inclusão do rapel, será apenas sazonal, com a periodicidade de no máximo quatro vezes por ano. Para essa mesma frequência está em estudo a criação de tour temático no estádio, criado de acordo com datas comemorativas, como o Natal, por exemplo.

“Queremos ver com os produtores dos grandes shows se na data das apresentações podemos fazer aqui exposições sobre a carreira dos artistas”, projetou Geammal. O executivo quer levar para outros países da América do Sul a mesma operação a ser inaugurada no Allianz Parque e esperar faturar cerca de R$ 10 milhões nos cinco primeiros anos de atuação.