Aplaudido pela torcida antes mesmo do início da partida, atacante faz o único gol do triunfo por 1 a 0 sobre o Atlético-GO. Cuca e companheiros analisam desempenho do colombiano
Tudo o que envolve Miguel Borja no Palmeiras atrai a atenção do torcedor alviverde. E, com a suspensão de Willian, o colombiano já começou a ser aplaudido antes mesmo de entrar em campo na partida desta quarta-feira, contra o Atlético-GO, na arena. Na sua função, cumpriu bem o papel de centroavante e marcou aos 45 minutos do primeiro tempo o único gol do jogo, que definiu a vitória do Verdão por 1 a 0 na nona rodada do Campeonato Brasileiro.
No momento do anúncio da escalação, o jogador foi quem teve o nome mais gritado pelos torcedores. Dentro de campo, porém, alternou bons e maus momentos. A sensação é de que ainda falta mais para encaixar no estilo de jogo palmeirense
– O Borja foi o mais ovacionado. Ninguém mais que o torcedor está querendo, empurrando, ajudando… Fez o gol e nos deu a vitória. Tem coisas que temos de melhorar, a recomposição, as linhas jogarem perto. Temos de trabalhar em cima não só dele, de outros jogadores também – disse o técnico Cuca, em entrevista coletiva logo após a partida.
O camisa 9 não marcava desde a estreia do Palmeiras no Brasileirão. Na ocasião, o atacante fez dois gols na goleada por 4 a 0 sobre o Vasco. De lá para cá, ele perdeu posição e só retornou ao time titular por causa da suspensão automática de Willian.
Na zona mista, Borja foi assunto entre os companheiros. Se Dudu elogiou o esforço do atacante no dia a dia, Fernando Prass fez uma análise mais tática da participação do colombiano.
– A gente fica feliz. Sabemos do esforço dele no dia a dia para se encaixar no ritmo de jogo aqui do Brasil. Espero que ele possa estar cada vez melhorando para ajudar o Palmeiras como fez hoje – afirmou o goleiro.
– As pessoas avaliam muito o gol. Óbvio que, para o atacante, é importantíssimo, mas o futebol vai além disso. Tem algumas coisas que ele está se adaptando ainda, entendendo. Teve troca de comando, o Eduardo (Baptista) queria algumas coisas e o Cuca quer umas diferentes. Isso atrasa um pouco a adaptação. Mas óbvio que, para ele se adaptar e ganhar confiança, o gol é muito melhor – completou Prass.
Desde a época de Eduardo Baptista, os palmeirenses cobram mais movimentação e participação de Borja, principalmente na marcação. Após a sua chegada, Cuca tem trabalhado para o atacante fazer mais a função de pivô e não “desligar” da partida, o que vinha deixando o atleta em posição de impedimento com certa frequência.
Em 20 jogos com a camisa do Palmeiras, Borja agora soma sete gols. Maior investimento da história do Verdão (R$ 33 milhões), o atacante deve voltar ao banco de reservas no domingo, na partida contra a Ponte Preta, em Campinas.