Crefisa já gastou quase R$ 100 mi em reforços para o Palmeiras

Último aporte da patrocinadora possibilitou a contratação do volante Bruno Henrique. Atacante colombiano Borja foi o investimento mais alto

O presidente Mauricio Galiotte, da SE Palmeiras, concede entrevista coletiva com a presidente da Crefisa, Leila Pereira (E), para anunciar a renovação do contrato de patrocínio com o clube, após treinamento, na Academia de Futebol.
O presidente Mauricio Galiotte, da SE Palmeiras, concede entrevista coletiva com a presidente da Crefisa, Leila Pereira (E), para anunciar a renovação do contrato de patrocínio com o clube, após treinamento, na Academia de Futebol.

A contratação do volante Bruno Henrique, do Palermo, oficializada pela diretoria do Palmeiras nesta quinta-feira, fez o investimento da Crefisa na montagem do elenco alviverde saltar para quase 100 milhões de reais. A patrocinadora do clube foi acionada para arcar com os 14 milhões de reais exigidos pela equipe italiana para liberar Bruno Henrique em definitivo. O ex-jogador do rival Corinthians firmou acordo até 2020.

O time da patrocinadora cresceu. A empresa já bancou a vinda de outros reforços trazidos neste ano, como o atacante Miguel Borja, o meia Alejandro Guerra, o zagueiro Luan e o lateral-direito Fabiano, além da compra de mais 50% dos direitos econômicos do atacante Dudu. A parceira do Palmeiras bancou ainda R$ 1,5 milhão de luvas ao técnico Cuca para ele retornar ao clube.

O investimento contempla quase um time inteiro, com sete jogadores. O pacote da Crefisa colocou no elenco atual um lateral-direito, dois zagueiros, um volante, um meia e dois atacantes. O valor mais alto foi o investido no colombiano Borja, ex-Atlético de Medellín. O custo incluiu os 33 milhões de reais pagos na transferência – a empresa banca parte do salário dele.

Leila Pereira, dona da Crefisa, contratou outros jogadores que já deixaram o clube. Um deles foi o atacante Lucas Barrios, que tinha salário mensal de 1 milhão de reais, pagos pela patrocinadora. O atacante foi para o Grêmio em fevereiro. Negociado com a Fiorentina por quase 30 milhões de reais, o zagueiro Vitor Hugo era outro “reforço” da empresa.

A patrocinadora master do Palmeiras aumentou sua fatia na compra de jogadores. A troca na presidência do clube, com a saída de Paulo Nobre e a chegada de Maurício Galiotte, deixou a cúpula alviverde mais próxima da empresa. O casal de donos da Crefisa, Leila Pereira e José Roberto Lamacchia, conseguiu em fevereiro se eleger como conselheiros do Palmeiras.

A empresa renovou no começo do ano seu contrato com o clube por mais duas temporadas. Em 2017, vai investir 72 milhões de reaios. Em 2018, o valor salta para 78 milhões.

Apesar das contribuições altas, a escolha e a condução das conversas por reforços são dos membros do futebol do Palmeiras. A Crefisa só é acionada em um segundo momento, para viabilizar a transferência do jogador. O dinheiro é repassado ao clube na compra de propriedades de marketing do Palmeiras.

A contratação de Bruno Henrique exemplifica como funciona esse acordo. A primeira tentativa do Palmeiras foi de trazer o volante por empréstimo, situação rejeitada pelo Palermo. Como o time foi rebaixado à Série B do Campeonato Italiano, o jogador informou sua intenção de sair. Sem opção, o clube foi atrás da Crefisa para viabilizar o negócio. Bruno Henrique aguarda a abertura da janela de transferências, no próximo dia 20, para ser apresentado ao técnico Cuca.