Diego Souza escuta planos de Cuca, dá aval e tem reunião decisiva com Sport, que pede R$ 30 milhões

Com proposta do Palmeiras, o meia-atacante de 32 anos recebeu ligação do técnico Cuca, ouviu promessa de que teria sequência no Allianz Parque e deu aval para que o seu empresário Eduardo Uram converse com o Sport. O encontro com a cúpula do rubro-negro pernambucano está marcado para o fim da manhã e representa uma mudança de postura do atleta.

Se antes descartava escutar outros clubes e chegou a ameaçar ‘largar’ Uram caso o fizesse no episódio da saída do Fluminense, agora não bate mais o pé.

Entre outros fatores, pesaram as vaias recentes e ofensas a sua família nas redes sociais.

Ele foi convencido também de que ficaria mais próximo da Copa do Mundo de 2018 disputando a Libertadores e brigando pelo título da Série A.

No fim da última segunda-feira, conforme apurado pelo ESPN.com.br, o próprio Sport já não garantia mais a sua permanência, a despeito do discurso do presidente Arnaldo Barros. Houve uma reunião preliminar com o camisa 87 durante a tarde, mas sem sucesso. Os cartolas não aceitam abrir conversa por menos de R$ 30 milhões.

Em contato inicial com a reportagem, Barros descartou qualquer negócio. “Eu não fui procurado, mas acho normal a demonstração de interesse. Que fique apenas nisso. Não temos intenção de prosseguir com isso”, afirmou na ocasião.

Mais adiante, na noite passada, em entrevista ao programa Bate Bola, da ESPN Brasil, reafirmou que a multa é “impagável” para padrões brasileiros, mesmo para o Palmeiras. “Posso dizer que é muito maior do que foi oferecido por esse Richarlison (do Fluminense)”.

Na época, a proposta alviverde foi de R$ 44 milhões. Não se descarta, ainda assim, que, caso Diego Souza mantenha a sua atual posição, ela venha a ser negociada e, por consequência, reduzida.

Os representantes do clube desconfiam que Mauricio Galiotte, presidente do Palmeiras, seduziu DS87 durante os amistosos da seleção brasileira na Austrália – ele foi o chefe da delegação diante da Argentina e dos donos da casa.

A possível saída do jogador da Ilha do Retiro representa uma reviravolta nos planos do clube – havia a convicção interna, baseada em depoimentos do próprio atleta, de que ele somente trocaria o Sport pela China, recusada uma vez.

Mais do que embaixador do título de 1987, Diego Souza tem o seu comportamento destacado e contribui também no extracampo – se pôs à disposição para ajudar na vinda de reforços, deu preleção contra o Flamengo na Copa Brasil Sub-17, negocia bicho e voos com menos escala, dá palpite na estrutura do CT e é o ‘presidente’ da liga de dominó.

Com 145 jogos e 49 gols marcados, ele ainda não ergueu a taça pelo clube. A primeira chance pode ser contra o Salgueiro, na final do Pernambucano, nesta quarta-feira.

O seu contrato foi renovado até dezembro de 2018 – com a opção automática de estender até 2019.