O ano todo num jogo

O jogador Róger Guedes, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do EC Vitória, durante partida válida pela décima quarta rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Allianz Parque.
O jogador Róger Guedes, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do EC Vitória, durante partida válida pela décima quarta rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Allianz Parque.

Por Thiago Gomes
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Existem coisas que só o futebol proporciona, não tem jeito. O Palmeiras começou 2017 cotado para tudo e até agora não convenceu. Ou melhor, não convenceu quem não é palmeirense. Para quem veste verde, mesmo que não convença, sempre existe o fio de esperança, aquela pontinha de ‘acreditar’ que cada palmeirense leva no peito independente de qualquer análise que impossibilite sonhar com voos maiores.

Em 2016, mesmo com um excelente time, caímos na primeira fase da Libertadores. Não foi fácil. Aquela derrota para o Nacional em casa ainda está atravessada. Ali caímos pela primeira vez na história de forma tão precoce. Difícil de entender e muito mais complicado de absorver. Tivemos que seguir a vida e a taça do Brasileirão chegou depois de longínquos 22 anos meses depois. Graças a Deus.

Agora estamos em uma situação bastante parecida e muito mais desafiadora. Apesar de ter passado por tal situação em 1999, temos um grupo que sofre pressão principalmente pelos investimentos feitos. Não avançar na Libertadores significa uma tragédia sem precedentes. Talvez quem está de fora do clube não entenda que uma possível queda pode causar vários problemas de diversas ordens. Perdemos de 1 a 0 para o Barcelona depois do time querer segurar o empate em 0 a 0 fora de casa. Nenhum problema. O problema maior é que o adversário sabe jogar, sabe se defender e principalmente: sabe atacar. Todo cuidado será pouco e pela primeira vez no ano teremos que colocar a inteligência na ponta da chuteira.

Outro ponto que pode ser determinante para inflar os egos e as vontades alviverdes é o jogo contra o Cruzeiro na quarta-feira. Vencer em Minas Gerais e se classificar para as semifinais da Copa do Brasil dará um fôlego à mais e colocará fogo na enorme torcida alviverde em todo país. O Allianz Parque será muito mais do que literalmente pequeno na Liberta. A torcida vai classificar o clube para as quartas.

Agora, senhores, pensem: passando do Barcelona (se Deus quiser) é muito provável que teremos o Santos pela frente. Sim, o mesmo clube que fez pôsteres de Campeão em 2015, o mesmo clube que tem o provocador Ricardo Oliveira e Lucas Lima no grupo e o mesmo clube que tirou da gente dois Estaduais. As coincidências com 1999 não param e até no adversário temos esse espelho.

Vamos jogar o ano inteiro, 365 dias de trabalho, em um jogo só. O duelo da Libertadores vai balançar corações. Quem viver, verá. E cabe à nós, palmeirenses, mandar aquela vibração positiva seja dentro da arena ou no interior do Acre. O clube e a nossa nação vão precisar. Quero voltar aqui para falar do Santos, pode ter certeza.