Cuca diz que reservas do Palmeiras foram pelotão de frente para a “guerra” na quarta

Técnico lamenta interrupção na sequência invicta no Brasileirão, mas coloca jogo contra o Barcelona, pela Libertadores, como objetivo maior

O Palmeiras teve uma sequência de seis jogos de invencibilidade no Brasileirão interrompida com a derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR, neste domingo. Ao entrar em campo com um time totalmente reserva, o técnico Cuca bancou o risco em nome do jogo de quarta-feira, contra o Barcelona de Guayaquil, pelas oitavas de final da Taça Libertadores.

– Na realidade, se você ganha hoje, fica com retrospecto muito bom de vitórias, mas não aconteceu. O que foi falado na reunião? Que esse pessoal que perdeu hoje, se fosse comparar a uma guerra, foi um pelotão de frente que saiu em defesa dos que vão jogar quarta-feira e tem que ter valido a pena o que fizeram hoje.

Derrotado no Equador, o time de Cuca precisará vencer o Barcelona de Guayaquil por dois gols de diferença na quarta-feira, em casa. A derrota para o Furacão, na visão de Cuca, não traz prejuízos emocionais.

– O time tem jogado bem em casa. Tirar o jogo de hoje (neste domingo) com uma equipe alternativa, temos tido resultados. É jogo diferente porque temos que fazer dois gols e não levar nenhum. Tem de ter equilíbrio e saber jogar a competição. Está todo mundo descansado e treinado, ainda teremos dois treinos. Vamos ver quarta-feira se tudo o que fizemos valeu a pena.
Sobre a derrota para o Atlético em si, o técnico do Verdão disse acreditar que a equipe poderia ter vencido no segundo tempo, quando teve um volume de jogo muito maior do que o da equipe paranaense. A eficiência defensiva do Furacão segurou o placar em 1 a 0.

– Tomamos um gol de bola parada, o que geralmente não acontece, méritos do Atlético-PR. Dominamos o seguno tempo, chutamos 20 vezes e a bola não entrou. Weverton fez grandes defesas. Se entra uma, fatalmente a chance de entrar segunda era grande. Tentamos mudar a equipe em peças e tática, melhorou, mas não foi o suficiente para a vitória.

CONFIRA MAIS TRECHOS DA COLETIVA:

ENTRADA DE MOISÉS

– A entrada de Moisés foi providencial, entrou no estilo dele, de chamar o jogo, de ter inteligência. Tchê Tchê melhorou muito com ele, fez bom jogo, o Fabiano subiu. Foi um jogo bem jogado no segundo tempo. Atlético-PR teve uma chance e se defendeu bem. Futebol hoje é assim. Fizeram um bloqueio muito bem feito.

MOISÉS TITULAR NA QUARTA?

– Não. Moisés não tem condição de tempo inteiro. Hoje eu ia usar 30 minutos e passou. Tem de recuperar para poder nos ajudar mais um pouco na quarta-feira.

MAYKE

– Mayke teve uma torção no pé, então vamos ver amanhã se tem condição de jogar. Se não tiver, tem opções: Jean, Fabiano, Tchê Tchê.

META DO SEGUNDO TURNO

– A gente sempre tem que tentar o melhor. Se vence hoje, era 35 pontos, ficava um ponto atrás do ano passado. Vamos tentar fazer um segundo turno como fizemos em 2016.

POSTURA DO BARCELONA DE GUAYAQUIL

– Acho que o Barcelona, engana quem pensa que ele virá só defender. Atlético-PR também não veio só defender, passou a fazer isso quando pressionamos, eles defenderam o resultado que eles tinham. O Barcelona vem jogar, vem buscar um gol, é resultado qualificado. Temos de testar alternativas, um segundo atacante como foi contra o Botafogo: Deyverson, Borja, depois teremos Willian.

VAIAS A BORJA

– A torcida não quer perder, de repente pegou a mais com ele, mas não foi o culpado pela derrota. Quando perdemos, todos tem uma parcela. Ele tem uma pequena, como os outros. Eu tenho a maior.