Seis nomes e uma vaga: a acirrada disputa no sistema ofensivo do Palmeiras

Cuca tem à disposição todas as opções de ataque e meio de campo. Veja as opções do Verdão para enfrentar o Fluminense

A tão comentada base do Palmeiras para 2017 está pronta. Depois de testes, mudanças e muito trabalho à procura de uma formação ideal, Cuca conseguiu dar sequência ao time nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Mas, mesmo com a definição, ainda resta uma vaga aberta entre os titulares, o que representa a possibilidade de uma importante variação tática aos alviverdes.

Sem perder há três rodadas, o Verdão tem uma linha defensiva definida, com Fernando Prass, Mayke, Luan, Edu Dracena e Egídio, além dos volantes Jean e Tchê Tchê posicionados mais à frente. No ataque, Dudu é o capitão e Deyvreson tem a confiança de Cuca. A última peça restante é que tem variado: na segunda-feira, diante do Coritiba, Guerra deu lugar a Keno, pois que a ideia de jogo dos palmeirenses foi apostar em um time mais rápido e com característica de atuar pelos lados.

Para a partida contra o Fluminense, no próximo domingo, Cuca terá força máxima para os setores de meio-campo e ataque. Willian, que cumpriu suspensão automática contra o Coxa, está novamente à disposição – os desfalques já previstos serão Jailson, Mina, Arouca e Michel Bastos. Isso significa que, mantendo a base, o treinador terá de escolher um jogador entre seis opções.

Veja quem pode ter uma chance no Rio de Janeiro:

Thiago Santos: volante (34 jogos e um gol)
A entrada do volante seria a mudança mais drástica na ideia de jogo palmeirense. Eficiente nos desarmes e com característica de proteção aos zagueiros e cobertura dos laterais, ele representa a opção mais defensiva de Cuca. Foi assim que o atleta se tornou peça importante de variação da equipe na campanha do título brasileiro de 2016. Outro nome do setor, Bruno Henrique tem estilo de jogo mais semelhante ao de Jean e Tchê Tchê, com boa saída de jogo e chegada ao ataque.

Guerra: meia (33 jogos e sete gols)
Vinha formando dupla com Moisés e completando o meio de campo palmeirense nas últimas rodadas, mas ficou no banco contra o Coritiba e não foi utilizado durante o jogo. Mais técnico, ele tem atuado aberto pelo lado direito, enquanto o camisa 10 fica centralizado na armação das jogadas. Representa qualidade técnica de passe, com a possibilidade de tabelas e infiltrações com laterais e atacantes. Como ocorreu na segunda-feira, o venezuelano pode perder a vaga de acordo com a característica do adversário.

Keno: atacante (43 jogos e sete gols)

Titular contra o Coritiba, o atacante dá ao time palmeirense a característica de velocidade e drible para furar as retrancas adversárias. Mas tem por costume atuar pelo lado esquerdo, mesma faixa utilizada com maior frequência por Dudu. Na segunda-feira, por exemplo, Cuca precisou inverter os dois de posicionamento após o início da partida.

Róger Guedes: atacante (46 jogos e oito gols)

Tem estilo semelhante ao de Keno, com velocidade e drible, sempre explorando os lados de campo. A única diferença em relação ao companheiro é o posicionamento – ele atua mais pela direita, tanto que chegou a completar trio de ataque com Keno em algumas oportunidades.

Willian: atacante (44 jogos e 15 gols)
É o artilheiro do Palmeiras em 2017. Depois de cumprir suspensão por causa de expulsão, ele está novamente à disposição de Cuca. Na formação com Guerra e Moisés, vinha atuando ao lado de Deyverson no comando de ataque, um pouco mais posicionado pela esquerda. Com o retorno de Dudu, que foi desfalque por um mês por causa de uma lesão muscular, ele pode atuar mais pelo lado, como é a sua principal característica, ou até como referência.

Miguel Borja: atacante (33 jogos e sete gols)
O colombiano ainda gera muita expectativa entre os torcedores, mas é fato que não embalou na temporada. A opção hoje de Cuca por Deyverson no comando de ataque se dá também pela aplicação tática e pelo papel do atacante na saída de bola do adversário. Ainda procurando adaptação ao futebol brasileiro, o atleta, que tem respaldo do presidente Maurício Galiotte e de toda a diretoria, não marca desde o dia 21 de junho, quando o Verdão venceu o Atlético-GO. Tem característica de centroavante e, segundo a comissão técnica, pode atuar ao lado de Deyverson – neste caso, o companheiro seria deslocado para cumprir a função de segundo atacante.