Resposta ao jornalista Luis Carlos Quartarollo, ex-Jovem Pan

Medalha comemorativa do Mundial de 1951.
Medalha comemorativa do Mundial de 1951.

Luís Carlos Quartarollo trabalhou durante anos na Rádio Jovem Pan, em São Paulo. Tem uma trajetória muito bacana no jornalismo esportivo. Porém ultimamente tem atacado o Palmeiras brincando com a conquista do Primeiro Título Mundial, em 1951.

Em post recente em seu perfil, Quartarollo disse que ‘daqui alguns anos, aja fax para confirmar que Neymar jogou no Palmeiras’. E postou junto foto de uma camisa do Palmeiras com o nome do centroavante da seleção.

Postei uma resposta em meu perfil social, mas encaminho para todos nossos seguidores aqui no Palmeiras Online. Na íntegra:

Caro Luis Carlos Quartarollo, boa tarde!

Bom, como você deletou o meu comentário na postagem feita, venho aqui então no meu perfil e te marco para explicar e rebater um post estranho feito por você.

Você, um repórter de campo respeitado, jornalista formado, trabalhou durante anos numa rádio do porte da Jovem Pan e com participações em inúmeros programas, deveria primeiro respeitar a história de um clube como o Palmeiras.
Um clube que tem uma história limpa, vitoriosa e gloriosa. Um clube que em tudo que conquistou colocou a chancela da dignidade, da honra e do pioneirismo. Um clube que mesmo perseguido de forma injusta, mudou de nome e seguiu trilhando o caminho das glórias e conquistas. Falar do Palmeiras é sempre chover no molhado. Falar da torcida do Verdão então é sempre uma certa redundância.

Você publicou uma indireta sobre o ‘fax do Mundial’ do Palmeiras. Vou esplanar:
– Faz tempo que o Palmeiras ganhou Mundial? Faz. Mas não faz tempo também que a Seleção Brasileira ganhou a Copa de 70? A distância temporal transformou a conquista em um mero detalhe esquecido? Creio que não, certo?

– Juventus, Vasco, Estrela Vermelha e tantos outros times participaram do torneio idealizado na época. Torneio inclusive que inspirou a criação da Champions League. Necessário citar?

– Tudo registrado devidamente nos históricos e acervos de jornais como Folha de São Paulo, Estado de S.Paulo, Gazeta Esportiva e outros. Empresas que você visou trabalhar um dia claramente por ser jornalista. São veículos que poderiam ter plantado ou aumentado tal feito? Creio que não

– O São Paulo Futebol Clube, tricampeão Mundial, corre o risco de daqui 30 anos falarem a mesma coisa. Falarem que foi uma ‘Copa Toyota’ apenas. Os títulos do São Paulo serão desvalidos pelo tempo por você, como você mesmo desvalida os títulos do Palmeiras?

– Com fax ou sem fax, pouco importa. A FIFA é envolvida em escândalos frequentes. Como confiar? Aliás, não sei se você teve a oportunidade, mas a entidade citou o Palmeiras como ‘campeão global’. Global, no português, seria sinônimo do que, você saberia explicar?

– Nós, como torcedores, procuramos estudar a história do Palmeiras. Procuramos entender as questões. Procuramos estudar, acima do que aconteceu em campo, as regras. Não à toa que dois brasileiros no mesmo ano foram reconhecidos pela CBF como títulos nacionais do Palmeiras. Você, como jornalista esportivo, sabe explicar? (não vale pesquisar no Google)

– Desmerecer um título dessa grandeza é no mínimo se esconder nos escombros tristes de um jornalismo esportivo podre e de palco. Construir audiência com base no desrespeito não é duradouro e nem tampouco inteligente. Ser um ‘Neto’ da vida não deveria ser objetivo de um profissional com a sua qualificação, experiência e porte.

Agradeço a abertura do canal e espero que não me exclua. Se me excluir também, vou torcer pelo seu sucesso.

OBS: Há cerca de três anos eu fui blogueiro palmeirense na Jovem Pan e tenho amizade com o Vanderlei Nogueira. Qualquer questionamento sobre minha capacidade ou lisura, converse com ele pessoalmente.
Obrigado.