Dudu se vê como líder para 2017 e afirma: ‘De coração, sou palmeirense’

Capitão na campanha do título brasileiro, camisa 7 quer permanecer com a faixa nesta temporada. Mais maduro, atacante diz que toda a sua família tornou-se palmeirense

Capitão na conquista do Brasileiro, Dudu é considerado a representação do torcedor do Palmeiras em campo. Ao LANCE!, ele justifica o motivo: identificado com o clube, o camisa 7 diz que tornou-se palmeirense, assim como sua esposa, Mallu, e os filhos Cauê e Pedro Henrique.

Liderança técnica, o jogador elevou sua importância a partir do momento que recebeu a faixa de capitão de Cuca. No Brasileiro, foi o principal garçom da competição, junto de Gustavo Scarpa, com dez assistências. Isto depois de um momento em que chegou a ser reserva, quando teve suas diferenças com o então treinador. O novo comandante, Eduardo Baptista, já fez elogios ao atleta.

Nesta entrevista, feita antes de Dudu viajar de férias, ele cita a importância do trabalho da antiga comissão técnica para seu crescimento no segundo semestre, a responsabilidade que carrega como capitão para 2017, e seu desejo de manter a função mesmo com a volta de Fernando Prass. Veja abaixo a conversa com o jogador, que no sábado completou 25 anos de idade:

LANCE!: Na comemoração do título da Copa do Brasil sobre o Santos, você chorou muito, mandou recado, e no Brasileiro, já capitão, pareceu mais tranquilo. O que mudou de um ano para o outro?
Dudu: Na Copa do Brasil tinha um peso nas costas pelo que passamos na final do Campeonato Paulista (o time foi vice do Santos, e o atacante deu o empurrão no árbitro Guilherme Ceretta que quase o fez ser suspenso por seis meses), por tudo que falaram do nosso time naquele ano, que a gente não ia conquistar. Esse ano (2016) também falaram muito que a gente era cavalo paraguaio, que a gente não iria chegar, e não nos abalamos. Tínhamos nosso foco, grupo fechado como é hoje, conquistamos o título e estamos felizes por isso. Esperamos continuar aqui, pena que saíram jogadores, nosso treinador. Quem chegar entrará na filosofia do clube para conquistar mais títulos.

L!: Qual o principal legado que o time campeão brasileiro deixa para 2017?
Acho que a garra, né. A determinação, a humildade que tivemos este ano. Esperamos estar focados do mesmo jeito para conquistar coisas maiores.

L!: Depois do título no fim de 2015, veio um primeiro semestre ruim do time em 2016 e você também caiu neste período. O que fazer, coletivamente e individualmente, para manter a pegada do fim de 2016?
Temos que começar o ano bem, desde janeiro, (fazer) uma pré-temporada boa. A gente deixou a desejar um pouco na pré-temporada (de 2016) e isto reflete muito no primeiro semestre da gente. O segundo semestre pudemos recuperar e entrar focado desde o primeiro jogo, contra o Atlético-PR. Tivemos uma mini-pré-temporada boa antes, isto nos ajudou muito. Esperamos que em 2017 a gente entre desde o primeiro dia da pré-temporada focados para conquistar coisas maiores.

L!: Com as trocas da comissão técnica, o que esperar do Palmeiras?
A gente fica triste pelas saídas, do (Gabriel) Jesus, do Cuca, do Alberto (Valentim, ex-auxiliar). Queríamos que o treinador, jogadores seguissem, mas infelizmente no futebol tem momentos que precisa trocar. Infelizmente cada um segue seu caminho e quem fica vai estar comprometido. Quem chega também estará focado para darmos continuidade ao trabalho deste ano.