OpiniãoEditorialEnfim, afundaram o Palmeiras

Enfim, afundaram o Palmeiras

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Durante muito tempo procurei não escrever dessa forma aqui no POL. Tentei tornar o site o mais imparcial possível, onde o torcedor tivesse a chance de discutir, de conversar e principalmente de ler notícias verdadeiras, voltadas para o palestrino de coração.

Mas acho que chegou a hora de desabafar, principalmente após o lastimável jogo que a equipe fez contra o Santos, neste domingo. Vamos fazer uma continha: o que o Palmeiras ganhou, da década de 70 para cá, tirando a era Parmalat? Ganhamos apenas um Brasileiro da Série B e um Paulista, em 2008. Talvez seja pouco para uma equipe da grandiosidade do Palmeiras.

Vocês perceberam que o Palmeiras até trás bons jogadores, mas eles não vingam? Adicionem à lista: Kleber, Valdívia, Vágner Love, Claiton Xavier, Diego Souza, etc. Se falarmos de treinadores então, podemos listar Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo e atualmente Luiz Felipe Scolari. Se somarmos o que os três técnicos ganharam, com certeza lotariam uma sala de troféus de um clube renomado e reconhecido internacionalmente.

O Palmeiras pode trazer quem for. Até o David Beckhan, até o atacante Klose, da Alemanha. Não vai adiantar nada. O problema do clube é estrutural, é político. A própria política afunda o Palmeiras em situações totalmente constrangedoras. Os detalhes levam e estão levando o clube para o fundo do poço.

Um dia, conversando com um conselheiro vitalício muito “influente”, ele me disse claramente que na época do presidente Giuliano, o mesmo era incumbido de levar malas de dinheiro para os adversários, visando assim que o Palmeiras vencesse com facilidade. O estranho é que os jogos que ele disse que levou, o Palmeiras não venceu. Ou seja, nem fazer mutreta o cara sabia.

Com esse pensamento, entrou no poder Mustafá Contursi e sua trupe. Ali começou o calvário palmeirense. Ele cercou o clube de tudo e de todos e voltou o poder para dentro, centralizado. As decisões só passavam pelo “chefe”, criando uma legião de puxas-saco sem vergonhas. E isso é refletido até hoje.

Della Monica entrou na presidência depois de um golpe político, e deu espaço para o Muda Palmeiras, de Belluzzo. Belluzzo finalmente entrou no poder com o status de salvador. E só fez coisas erradas. Deixou a diretoria de futebol nas mãos de Gilberto Cipullo e persistiu no erro. Teimou, teimou, e o máximo que conseguiu foi uma classificação para as quartas da Libertadores, posteriormente sendo eliminado pelo “todo poderoso” Nacional-URU.

Enfim, Mustafá conseguiu o poder de volta sob o corpo de Arnaldo Tirone. A oposição, que estava em cima em todas as atitudes de Belluzzo, criticando até mesmo uma banca de jornal que foi construída no clube, teve a chance de fazer diferente no poder. E o que aconteceu? Nada. Pelo contrário, Tirone colocou pessoas erradas, em cargos errados, justamente por dever favores por conta das eleições.

Não adianta. Para ser seguido no Palmeiras, é preciso ter muito dinheiro. Vocês acham que o Palaia é querido no clube por qual motivo? Justamente por ter dinheiro e viver quebrando galho de conta atrasada de conselheiro e sócio vagabundo, que não quer trabalhar e é fracassado. Aí começam as sujeiras, os absurdos. O Palmeiras é um antro de estelionatários e de putas, se vendem por qualquer real.

Um pseudo ex-diretor de futebol (acusado de desvio de dinheiro) sentava-se à mesa do antigo bar inglês, no Palmeiras, sempre que um dos vice-presidente chegava. Comia, bebia, se divertia, tinha total liberdade, e o amigo que pagava a conta. Posteriormente, em uma das conversas que tive com essa pessoa, ele apenas me falou que “votaria em fulano porque ele paga a conta da mesa”. Será que um palmeirense desse merece ser levado à sério? Vocês acham que é a exceção? Infelizmente, não.

O Palmeiras está que nem uma fruta fora de época. Acaba apodrecendo por dentro. O Palmeiras é um clube podre, com sócios e conselheiros podres, que não visam de forma nenhuma o clube. Existem sim diversas manobras financeiras, diversas influências conquistadas no clube que são levadas para o profissional. Tem conselheiro advogado que atende cliente dentro das dependências do clube e fala com todas as línguas que “economiza” com escritório. E que o Palmeiras não “faz mais do que a obrigação” em ceder esse espaço, visto que ele “trabalha” pelo clube.

O estatuto deveria mudar com urgência. Para os principais cargos, deveriam ser contratados pessoas capacitadas, profissionais, e cobrar resultados. Não colocar conselheiro vagabundo como diretor para se vangloriar com carteirinha. A carteirinha deveria ser prova de sucesso, de fidelidade ao clube, mas é uma prova da incompetência daqueles que simplesmente dominam o poder. E o poder está restrito aos ricos, que podem comprar os outros e assim formar uma corrente suja, de ratos imundos e podres.

Eu sugiro à todos, de coração, que pensem e repensem antes de assistir o Palmeiras no estádio. Ajudem o clube de outra forma, sejam inteligentes. Virem sócios do Palmeiras E NÃO SE FILIEM À NENHUM GRUPO POLÍTICO. A maioria dos grupos políticos funcionam como igrejas evangélicas: te puxam, fazem lavagem cerebral, fazem você votar em outros colegas e quando chega a sua vez, não tem. E você continua não ajudando. Atue da sua forma, sinta o clube, cobre os diretores cara a cara, distribua pela internet a sua opinião, reúna os amigos, faça, atue, reaja. O Palmeiras está acabando e a única esperança é o futebol aprender alguma coisa com a gestão WTorre/AEG, na Arena Palestra. Se não aprenderem dessa vez, continuaremos sendo um time medíocre, que não nos faz sorrir e nem chorar. É um misto de decepção com um sentimento de que os campeonatos devem logo terminar, assim termina também o nosso calvário.

Confesso que não possuo mais vontade alguma de continuar esse trabalho, aqui no POL. Os podres, talvez, vão acabar vencendo. E assim tudo estará perdido…

 

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