A exposição de feridas

Por Thiago Gomes
[email protected]

Começa 2017. Time atual Campeão Brasileiro e que só perdeu Gabriel Jesus para o futebol inglês. Os valores envolvidos na negociação não poderiam de forma alguma serem negados. Valeu a pena, apesar do time sentir sua ausência até hoje. Para sobrepor a saída do menino, vários reforços. Felipe Melo, Raphael Veiga, Hyoran, Borja, Guerra, Luan, etc. Um outro time titular praticamente.

Com a saída de Cuca, Eduardo Baptista iniciou comandando. Teve bons resultados, mas não fez o time jogar. A derrota para o Jorge Willsterman e o medo de não se classificar para as oitavas ceifaram o treinador do cargo. A falta de comando evidente também foi um dos fortes motivos da demissão. Não deu.

Cuca voltou. E com ele voltou o seu jeito direto e sincero. Borja estava(está) com problemas de adaptação e demonstra pouco entusiasmo em vestir a nossa camisa. Como fazer? Pedir mais um nome nove. E vem aí Deyverson. Segundo disseram, Cuca pediu. Será?

A derrota para o Corinthians ontem expôs muitas feridas. Expôs um time frágil na defesa, expôs um time que não tem um armador e expôs um time cheio de nomes no papel porém com pouco resultado na prática. Em comparação ao rival, o Palmeiras inexistiu em campo. Eles não tem elenco, mas tem estrutura tática. Treina e joga junto desde janeiro, certinho. Aqui foi-se colocando dinheiro, trazendo reforços pontuais sem qualquer tipo de planejamento.

Como jogar num time que não tem lateral? Não temos laterais efetivamente. Egídio até foi bem ontem, mas complica. Armador? Não tem. Desde a lesão de Moisés não conseguimos nos encontrar. Quando Guerra não está em um bom dia, a situação complica ainda mais. Falta entrosamento. Sempre um time diferente, formações diferentes. Ora com três atacantes e ora com três zagueiros. Não se viu identidade alguma no time ontem que levou um verdadeiro baile do Corinthians do amador Fábio Carrile. Como fica agora?

Cuca já jogou a toalha no Brasileiro. Agora tem Copa do Brasil e Libertadores. Peço desculpas aos amigos mais fanáticos e mais otimistas, mas não vejo futuro em ambas as competições. Talvez até passemos do Barcelona, mas nas quartas a situação ficará mais complicada. A única esperança para caminhar bem no ano e tentar um título é se isolar em Atibaia umas duas semanas, treinar fundamento e finalmente montar um time, uma equipe entrosada, que jogue junto. Difícil ver qualquer perspectiva dourada com tanto jogador de má vontade.

Nobre de volta?
Assim que o juiz apitou o fim do jogo, palmeirenses alucinados pediram a volta do ex-presidente Paulo Nobre ao poder. Internamente esse fato é descartado. Ontem a política começou a pegar fogo por conta de membros ‘pró Nobre’ que postaram nas redes sociais algumas indiretas. Alguns conselheiros iniciaram um bate boca e torcedores entraram no meio. O argumento é que em um momento tão delicado falando de política. Enfim cada um tem seu ponto de vista.

Se Nobre voltar, a Crefisa vai embora. Ambos não cabem na mesma sala. Leila Pereira, por ego, tem ódio mortal. Nobre tem ódio mortal de Leila, por ego também. E assim a situação caminha.