GeralO Palmeiras e a mania de comprometer parceiros

O Palmeiras e a mania de comprometer parceiros

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Por Thiago Gomes
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Palmeiras e Crefisa fizeram uma união muito boa. Depois de ver os resultados que a camisa palmeirense trouxe no primeiro ano de parceria, Leila Pereira, presidente da financeira, resolveu estampar a marca no manto todo. Ou seja, 100% da propriedade é da executiva e consequentemente da empresa. A Prevent Senior, que estava no omoplata, até tentou renovação. Sem sucesso.

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Vamos aos fatos. No último domingo, na partida contra a Ferroviária, para promover o programa de sócio-torcedor, o Avanti, Paulo Nobre e a diretoria de marketing decidiram colocar uma hashtag com os dizeres “seja sócio Avanti”. Ou seja, os nomes dos atletas foram trocados no uniforme pela propaganda ‘induzida‘ do Avanti. Temos diversas perspectivas de explorar o assunto, mas vou indicar apenas uma.

A Crefisa tornou a camisa do Palmeiras a mais valiosa do país. Uma atitude coerente seria, pelo menos, avisar a empresa sobre a inserção do Avanti no uniforme. Eu tenho a absoluta certeza de que a financeira não negaria e tudo seguiria na mais correta ordem. Vejam bem: não estou dizendo que o Palmeiras e sua diretoria deveriam se curvar diante dos pés de Leila Pereira e exigir uma autorização. Não. É apenas uma relação de parceiros, uma relação aberta de quem tem a propriedade, visando sempre um bom relacionamento no futuro.

Quando Belluzzo era presidente do clube, em meados de 2009, a Samsung decidiu deixar o Palmeiras depois de uma sequência grave de erros no relacionamento. Depois, a multinacional coreana soube que ocorreu uma ‘forçada’ de barra para que a Fiat voltasse a estampar a camisa palmeirense. Só relembrando: a empresa de eletrônicos distribuiu telas de LCD pelo clube, reformou um camarote inteiro e deixou à disposição de clientes e diretoria e colocou muito, muito dinheiro dentro do Palmeiras para resolver diversas situações que não cabe comentar aqui.

Está mais do que na hora de criar (não sei se já tem) uma diretoria de relações internas. Ou fazer um comitê para dar suporte ao presidente e aos diretores do clube. Fazendo isso o Palmeiras vai queimando etapas, queimando o filme e fechando muitas portas para um futuro que, infelizmente ou felizmente, não sabemos o que de fato irá acontecer.

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