‘Palmeiras tem grandes chances de vencer a Libertadores’, diz Felipão

Campeão pelo Verdão em 1999, treinador aponta brasileiros como favoritos ao título da competição, e coloca o Verdão como um dos grandes concorrentes

A estreia oficial de Luiz Felipe Scolari como técnico da Sociedade Esportiva Palmeiras completa 20 anos nesta quarta-feira, dia em que o clube enfrenta o Barcelona de Guaiaquil, pelas oitavas de final da Conmebol Libertadores Bridgestone, em duelo que terá transmissão ao vivo na tela do FOX Sports. Campeão continental pelo time alviverde em 1999, o gaúcho vê boas chances de bicampeonato em 2017.

Uma goleada por 4 a 1 sobre o Fluminense, alcançada no dia 5 de julho de 1997, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, marcou o início do caminho que culminou com a decisão do sonhado Mundial Interclubes diante do Manchester United, em 1999.

Para assegurar o direito de enfrentar o time britânico em Tóquio, o Palmeiras ganhou a edição de 1999 da Copa Libertadores ao bater o Deportivo Cali, da Colômbia. Luiz Felipe Scolari, atual técnico do chinês Guangzhou Evergrande, crê na chance de ver Cuca repetir seu feito nesta temporada.

“Acredito que o Palmeiras tenha grandes possibilidades de vencer a Libertadores novamente”, disse Felipão à Gazeta Esportiva. “Mas este ano terá que superar os outros concorrentes brasileiros, pois acho estes bem melhores que os concorrentes de outros países”, completou o técnico que mais dirigiu o clube no torneio (28 jogos).

Felipão é um profundo conhecedor da Libertadores, já que venceu o torneio também pelo Grêmio, em 1995. No comando do time gaúcho, antes de acertar com o Palmeiras, o treinador travou uma série de embates acirrados com o próprio clube alviverde em diferentes torneios, alguns marcados por confusões e expulsões.

“Por ter trabalhado no Grêmio e vivido grandes confrontos com o Palmeiras, poderia ser recebido de uma maneira mais complicada. Felizmente, a torcida e a direção entenderam meus posicionamentos e me deram a oportunidade de mostrar o quanto trabalharia para o brilho de minha equipe e atletas. Fui bem aceito e apoiado”, lembrou, 20 anos depois.

A temporada de 1997, a primeira de Luiz Felipe Scolari pelo Palmeiras, foi fundamental na gestação do time campeão da Copa Libertadores 1999. Naquele ano, o clube patrocinado pela Parmalat contratou jogadores que acabaram como protagonistas do torneio continental.

“Desde minha chegada ao Palmeiras, começamos a montar a equipe que seria campeã da Libertadores. Vieram excelentes atletas, como Zinho, Alex, Oséas e outros que foram importantes”, recordou o atual treinador do Guangzhou Evergrande.

Com o elenco ainda em formação, o Palmeiras alcançou a decisão do Campeonato Brasileiro 1997, mas perdeu o título para o Vasco, que jogava por dois empates. O atacante Edmundo, expulso na primeira partida da decisão, participou de forma polêmica da finalíssima amparado por um efeito suspensivo.

Apesar do insucesso contra o Vasco, o primeiro ano de Felipão como técnico do Palmeiras terminou com saldo positivo. “Chegamos às finais do Brasileiro e fomos vice-campeões. Ali começou a montagem para os grandes títulos conquistados em 1998, 1999, e 2000”, lembrou o treinador.

Em sua primeira passagem pelo Palmeiras (1997-2000), Felipão ganhou a Copa do Brasil 1998, a Copa Mercosul 1998, a Copa Libertadores 1999 e o Torneio Rio-São Paulo 2000. Além do vice no Campeonato Brasileiro 1997, caiu nas finais do Campeonato Paulista 1999, da Mercosul 1999 e da Libertadores 2000.

De volta ao Palmeiras (2010-2012), o técnico gaúcho conquistou a Copa do Brasil 2012. Em setembro do mesmo ano, com o time na penúltima colocação do Campeonato Brasileiro, foi dispensado a 14 rodadas do final do torneio que terminaria com o clube rebaixado pela segunda vez em sua história.

Com um total de 409 partidas, Luiz Felipe Scolari é o segundo treinador que mais dirigiu o Palmeiras, atrás apenas de Oswaldo Brandão (585). Algoz da Alemanha na final da Copa do Mundo 2002 pela Seleção, foi goleado por 7 a 1 pela mesma Alemanha na semifinal de 2014 e dirige o Guangzhou Evergrande desde 2015.