GeralUma torcida perseguida desde o começo

Uma torcida perseguida desde o começo

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Por Alexandre Righetti

 

O texto a seguir foi copiado na íntegra do site Kalá. Achamos o texto muito bem escrito e mostra realmente como a maior torcida uniformizada do Palmeiras é tratada.

Importante ressaltar que o site não é ligado a nenhum clube ou torcida de futebol, o que valida ainda mais a opinião expressa no mesmo. Esse texto foi escrito por Vanderlei de Lima, filósofo e escritor e dirigente da Toppaz (Torcida Organizada Pela Paz). E-mail: [email protected]

 

Segue o texto:

 

Mancha Verde e Judas: um alerta à opinião pública!

Pode parecer estranho falarmos neste artigo de Mancha Alviverde, torcida entusiasta do Palmeiras, e de Judas, o apóstolo que traiu Nosso Senhor Jesus Cristo entregando-o à morte na cruz, pois uma coisa nada tem de comum com a outra.

A estranheza que assombra o (a) prezado(a) leitor(a) se dissipa, no entanto, com facilidade se pensarmos numa errônea, mas enraizada tradição popular: malhar o Judas.

É costume, no sábado santo (ou de Aleluia) de manhã, espancar até o estraçalhamento um boneco que representa o discípulo traidor como forma de vingar a morte de Nosso Senhor na cruz do calvário.

Como dizíamos, essa tradição é errônea, pois o Evangelho ensina – ao contrário da vingança ressentida – o perdão aos inimigos (Mateus 5,44) e a confiança na justiça humana, às vezes corrompida, e na justiça divina que nunca falha.

A partir desses dados importantes, voltamo-nos para a Mancha Alviverde. Ela não se assemelha a Judas por ser traidora, mas por ser malhada. Malhada não apenas num sábado santo de manhã, mas durante uma semana fatídica que se iniciou com um domingo sangrento.

Não temos, neste modesto artigo, a oportunidade de analisar uma centena de matérias jornalísticas em nosso poder e nem a intenção de acusar torcidas organizadas, mas queremos apenas contextualizar os fatos e oferecer a respeito deles uma reflexão serena e ponderada.

No domingo, dia 25 de março, de manhã, um grupo de palmeirenses, da Mancha Alviverde, encontrou-se com um grupo de corintianos, da Gaviões da Fiel, na tristemente famosa Avenida Inajar de Souza, zona Norte de São Paulo.

Como sempre, infelizmente, acontece quando duas torcidas rivais se encontram, houve briga e o saldo mais destacável foi o de dois jovens da Mancha mortos e mais quatro feridos a tiros ou pancadas de barras de ferro ou madeira.

Esses foram os fatos. O que levou a eles só o correr das investigações poderá, talvez, nos fazer saber: foi marcado, ou não? Foi emboscada (“casinha”, na linguagem das organizadas) dos corintianos, ou não?

Se não soubermos em breve, no Juízo final, Deus, o juiz por excelência, nos revelará o que, de fato, houve e anunciará a sentença definitiva de condenação aos culpados e de salvação aos que não têm culpa.

Foi a partir desse acontecimento, porém, que parte da grande mídia, considerada o quarto poder, entrou em campo.

Em vez de chegar, imparcialmente, munida de microfone e câmeras, para saber a verdade, veio, com um boné quase tampando o rosto, de foice e martelo em punho para, em matérias de sabor tendencioso, arquitetar e publicar notícias que façam a Mancha Alviverde ficar desacreditada perante a opinião pública nacional.

Para se medir o tamanho da tendenciosidade, basta ver que órgãos de imprensa deram crédito à afirmação – não descartável, mas remotíssima e secundária – segundo a qual algum manchista teria sido o autor dos disparos que vitimaram seus amigos. E mais: o irmão gêmeo de um dos assassinados foi levado para exame residuográfico.

Essa teoria é tão estúpida quanto velha. Com efeito, também no clássico Palmeiras e Corinthians, em Presidente Prudente, no ano passado, policiais atiraram em dois membros da Mancha e se justificaram, ao menos inicialmente, dizendo que os atiradores foram membros da organizada palmeirense.

Ora, prezado leitor, levantar essa hipótese é dar a entender que o povo é ingênuo. Seria como acreditar que um policial, numa operação arriscada, disparasse tiros contra uma quadrilha de assaltantes e acertasse seis colegas policiais e nenhum bandido.

Ali, foram seis manchistas feridos e nenhum rival. Como não perceber, por simples bom senso, à primeira vista, que não pode ter sido ninguém da Mancha o autor dos disparos bem direcionados?

Diante disso, a experiência de quem teve boa formação sobre tramas espúrias e bem conhece a opinião pública leva a apontar para a seguinte situação: a Mancha Alviverde parece ser vítima de um fortíssimo estrondo publicitário.

Este é o nome dado à campanha movida contra uma pessoa ou instituição que se quer destruir. A partir de fatos reais, arma-se contra a vítima um arsenal com as mais degradantes acusações a fim de desmerecê-la diante do povo.

Esquecem-se, no entanto, os acusadores de plantão que o bom senso, vindo da luz natural da razão e também da fé, está aceso na mente do intuitivo povo brasileiro.

Nossa gente que, certamente, acompanha os noticiários não engole tudo o que tentam fazê-la engolir. Sabe distinguir nitidamente quando as acusações procedem e quando cheiram à perseguição implacável.

A Mancha Alviverde parece ter tocado em algo intocável há algum tempo e, por isso, agora, recebe retaliações pesadíssimas e bem arquitetadas contra si.

Sem poder entrar no mérito da questão, o que não devemos jamais aceitar é a tendenciosidade das matérias estrondosas sucessivamente veiculadas na grande mídia.

Isso posto, seja-nos lícito, na fé, fazer a Deus o humilde e confiante pedido de um sinal. Ele consiste no seguinte: se a Mancha Alviverde estiver errada, que seja destruída pelas forças que contra ela conspiram. Se, todavia, estiver sendo vítima de um estrondo publicitário, em pouco tempo, o feitiço se volte contra os feiticeiros.

Fonte: http://kala.com.br/index.php?p=noticia_ler&id=19669

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