Time alviverde perde vários gols na segunda etapa e leva no final. Aos 49.
Por Thiago Gomes
O velho ditado fez valer na Argentina: quem não faz, toma. Depois de primeiro tempo pífio, time melhora na segunda etapa, cria chances, perde vários gols e vê o adversário marcar no último lance do jogo, exatamente aos 49.
O jogo
O Palmeiras começou o jogo mais acuado, segurando a posse. O Tigre tentava no susto, mas esbarrava na péssima qualidade técnica. Quando não conseguia ter a posse, os argentinos começaram a dar pancadas nos palmeirenses. O Palmeiras, então, continuava opaco em campo, tentando alguma oportunidade.
Valdívia até que tentou armar, mas a bola chegava torta para Kleber. Vinícius abusou da velocidade, mas sem objetividade. Os goleiros pouco trabalharam, e o primeiro tempo terminou sem gols.
Na segunda etapa, o time de Gilson Kleina melhorou sensivelmente. Porém o famoso “último passe” complicou tudo, e o time seguia sem criar. O Tigre parou no tempo e não jogou mais bola, esperando o Palmeiras chegar.
O Tigre, então, acionou o dispositivo da pancada. A primeira vítima foi Valdívia, que levou carrinho criminoso. O juiz nem olhou para o lance e mandou seguir. Na sequência, Leguizamón deu entrada feia em Wesley. Desta vez o juiz tirou amarelo e assustou o argentino, ameaçando de expulsão.
Dos 30 minutos para frente, o Palmeiras abusou na arte de perder gols. Maikon Leite entrou e logo depois saiu, machucado. Charles entrou no lugar e foi o primeiro que perdeu gol “quase feito”. Com o gol aberto, o jogador arriscou e errou. Valdívia teve duas chances: uma, na descida de Márcio Araújo, e outra com o gol aberto, de fora da área.
Mas o lance que mais impressionou foi de Kleber. Sozinho, o jogador invadiu a área, fintou o zagueiro e tinha Valdívia ao lado, sozinho. Mas o atacante preferiu dar outro corte, e o zagueiro tirou.
Aos 49, o castigo: falta para o Tigre na direita. Bola na área, bate rebate e Peñalba mandou para as redes de Fernando Prass, abrindo o placar e fechando o jogo.
Com a derrota, o Palmeiras se complica na Libertadores 2013. E precisa, mais do que nunca, bater o Tigre na próxima rodada, em São Paulo. Domingo, o Verdão tem clássico contra o São Paulo, pelo Paulistão.
Frase
“Displicência, não pode acontecer. Displicência, apenas displicência, mais nada,” disse Kleber, comentando lance que perdeu “gol feito”, contra o Tigre.
Ponto positivo: –
Ponto negativo: as enormes chances perdidas e o total desentrosamento da equipe.
FICHA TÉCNICA:
TIGRE (ARG) 1 X 0 PALMEIRAS
Local: Estádio José Dellagiovanna, em Victoria (ARG)
Data/Horário: 6/3/2013, às 19h45 (de Brasília)
Árbitro: Omar Ponce (ECU)
Assistentes: Luis Alvarado (ECU) e Carlos Herrera (ECU)
Renda e público: Não disponíveis
Cartões amarelos: Kleber, Vilson (PAL); Leguizamón, Galmarini (TIG)
Cartões vermelhos: Vilson (PAL)
Gols: Peñalba, aos 49’/2ºT (1-0)
TIGRE: Cousilla, Paparatto, Echeverría e Orban; Galmarini, Peñalba, Ferreira, Pérez García (Leguizamón – 12’/2ºT), Rusculleda (Torassa – 29’/2ºT) Botta; Santander (Lucas Janson – 12’/2ºT). Técnico: Nestor Gorosito.
PALMEIRAS: Fernando Prass, Weldinho, Henrique, Maurício Ramos e Marcelo Oliveira; Vilson, Márcio Araújo, Wesley (Patrick Vieira – 30’/2ºT) e Valdivia; Vinícius (Maikon Leite – 16’/2ºT) (Charles – 38’/2ºT) e Kleber. Técnico: Gilson Kleina.