GeralDuelo confronta posse de bola do São Paulo contra chuveirinho do Palmeiras

Duelo confronta posse de bola do São Paulo contra chuveirinho do Palmeiras

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Tricolor de Osorio é o segundo time que mais troca passes no Brasileirão; já o Verdão de Marcelo Oliveira é a equipe que mais levanta bola na área e marca de cabeça

O clássico entre São Paulo e Palmeiras neste domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi, pela 28ª rodada do Brasileirão, é um confronto direto por uma vaga no G-4. O Verdão é o quarto colocado com 44 pontos, dois a mais do que o Tricolor, que vem em quinto.
O jogo confronta dois estilos bem diferentes. O Palmeiras lidera os rankings de cruzamentos na área e gols de cabeça. Já o São Paulo é o segundo em posse de bola.
Vale ressaltar que, no ano, o Verdão leva larga vantagem no confronto direto com o Tricolor, com duas vitórias em seus domínios: 3 a 0 no Paulistão (ainda com Oswaldo de Oliveira contra Muricy Ramalho) e 4 a 0 no Brasileirão (já com Marcelo Oliveira contra Juan Carlos Osorio). Mas desde 2002 o Palmeiras não bate o São Paulo no Morumbi e desde 1997 não vence três duelos seguidos.

Ao contrário do Palmeiras, o São Paulo é um time de mais posse de bola. No geral, o Tricolor já trocou 8.776 passes e está atrás apenas do Atlético-MG nesse quesito, com 8.911. O Palmeiras é apenas o 13º, com 7.062. Em várias ocasiões, o técnico Marcelo Oliveira se queixou que seu time não sabe valorizar a posse de bola.

Nas últimas duas vitórias do Verdão no Brasileiro, o time teve menos tempo com a bola do que o adversário – 44% nos 3 a 2 sobre o Grêmio e 47% nos 4 a 1 diante do Fluminense. O São Paulo, por sua vez, teve 58% da posse de bola diante do Avaí no último domingo, em Florianópolis. Mesmo assim, perdeu por 2 a 1. Em compensação, teve 52% contra o Grêmio, sempre tão poderoso em Porto Alegre, e venceu, também por 2 a 1.

Essa bipolaridade tricolor explica os altos e baixos de um time que sofreu com desmanche e depois com desfalques nos últimos três meses, já com Osorio. O desempenho é uma gangorra: a vitória convincente sobre o Inter foi seguida por uma derrota humilhante frente ao Santos na Vila. Na sequência, diante do Grêmio no Sul, o São Paulo venceu quando muitos esperavam novo tropeço. O jogo seguinte era a Chapecoense, no Morumbi. Chance para embalar, certo? Errado. O empate em 0 a 0 foi uma ducha de água fria num torcedor que não sabe mais o que esperar do São Paulo.

O desempenho está diretamente ligado a dois jogadores: Pato e Ganso. Até o menos assíduo dos torcedores são-paulinos sabe que, quando seus dois craques com nome de ave estão num dia ruim, o Tricolor não consegue jogar bem. Foi assim, por exemplo, no empate diante da Chapecoense, quando Pato, que assumiu publicamente ter entrado em campo chateado por não ter sido convocado, teve uma exibição abaixo da crítica e acabou sendo substituído.

O Palmeiras é o terceiro time que mais levanta bola na área: 440 no total, média de 16,2 por jogo. Só Flamengo (472) e Atlético-MG (448) apostaram mais nos chuveirinhos. O São Paulo é apenas o nono nesse ranking, com 343 (média de 12,7). As equipes que menos apostam na bola aérea são o Grêmio (242) e Santos (247).
Jogo aéreo:

Palmeiras é o terceiro time que mais levanta bola na área, o que mais finaliza de cabeça e o que mais faz gols dessa forma no Brasileirão.

O palmeirense Egídio é quem mais lança a bola na área no Brasileirão: 114 cruzamentos em 23 jogos, média de 4,96. Robinho e Zé Roberto, que devem formar o meio-campo com Thiago Santos, também aparecem entre os jogadores que mais apostam nos chuveirinhos, com médias de 3,71 e 3,65 bolas levantadas, respectivamente.

Os atacantes Lucas Barrios (1,89m) e Rafael Marques (1,90m), além dos zagueiros Jackson (1,86m) e Vitor Hugo (1,87m) serão os alvos preferenciais dos responsáveis pelos cruzamentos do Verdão. Dos últimos 10 gols do Palmeiras, entre Brasileirão e Copa do Brasil, quatro foram de cabeça e outros dois surgiram de bolas levantadas na área.

O Palmeiras é o time que mais finalizou de cabeça no Brasileirão (78) e o que mais fez gols dessa forma (18). O São Paulo é o décimo no ranking do cabeceio (com 50 no total), mas o terceiro em gols (nove, atrás do Atlético-MG, com 12).

Estudioso, Juan Carlos Osorio sabe que a melhor forma de evitar um gol de cabeça é bloquear sua origem, ou seja, o cruzamento. Adepto do esquema com pontas, o colombiano pode tanto alertar para que seus atacantes desçam acompanhando os laterais do Verdão ou prendê-los no ataque, inibindo seus avanços. Foi o que fez Tite no último domingo, forçando o jogo do Corinthians pela esquerda, em cima do lateral-direito Victor Ferraz, uma das principais armas ofensivas do Santos.

Fonte: Globo Esporte

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