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Cuca fala em conversa ‘homem pra homem’ com elenco e projeta conquista grandiosa

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Cuca é torcedor de coração do Palmeiras

Em semana decisiva à frente do comando alviverde, especialmente pela “decisão” pela Copa Libertadores na próxima quinta-feira, o técnico Cuca deu entrevista à Revista Palmeiras – que é distribuída para sócios-torcedores Avanti – em que exaltou conversa ‘de homem pra homem’ com elenco e mostrou confiança no sucesso do trabalho pelo clube do coração.

Cuca sonhava em comandar o Palmeiras desde que trocou as chuteiras pela prancheta. A chance tão esperada veio em março, em substituição a Marcelo Oliveira, mas o início de trabalho no clube que aprendeu a gostar na infância por influência de dois tios palestrinos – e aguentando muita pressão do pai corintiano -, foi bem diferente do que imaginava, com quatro derrotas seguidas. Mas o paranaense de 52 anos acredita que a fé e a confiança no trabalho não devem jamais ser abandonadas. E que uma conquista grandiosa está reservada, como mostra a edição de abril da Revista Palmeiras, produzida para sócios do programa Avanti.

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“Quero só vibrar. Ser campeão. No Atlético-MG, não queria pôster, nome escrito… Mas aquela noite de 24 de julho de 2013 (título da Libertadores), está marcada para sempre. Nunca mais na vida eu esqueço o que passei e o que senti naquele dia. No meu último suspiro, estarei lembrando daquilo. Se Deus quiser, vou ter aqui no Palmeiras uma coisa assim, ou maior ainda”, projeta o treinador, que prepara a equipe para o duelo contra o River Plate-URU nesta quinta-feira, às 21h45, no Allianz Parque, na esperança de conseguir uma classificação para as oitavas de final da Libertadores.

O estilo passional à beira do gramado e as referências religiosas no vestiário e nas roupas que usa viraram marca registrada de Cuca, especialmente após conduzir o Atlético-MG ao título da Copa Libertadores em 2013. Os tropeços podem ter machucado, mas serão para sempre lembrados como aprendizado. Devoto de Nossa Senhora Aparecida, Cuca tem certeza de que nada foi por acaso. “Tudo que Deus faz é bom. Vamos esperar, dentro do nosso melhor, que vai acontecer. A gente não entende na hora, questiona, fica bravo, mas depois vê que tudo tem uma razão”, diz.

Na base da fé e do conselho, Cuca promoveu uma conversa séria com o elenco, “de homem para homem” nas suas palavras. No retiro quase forçado em Atibaia para apaziguar os 15 dias de turbulência que marcaram o início da trajetória, tentou apontar erros e encontrar alternativas para reencontrar as vitórias. O diálogo, seja reunindo o grupo ou em bate-papos individuais, viraram cenas corriqueiras na Academia de Futebol. Como recompensa, logo vieram duas vitórias, contra Rio Claro e Corinthians. Um sopro de alívio e de confiança. “Tive uma conversa dura com o grupo, de homem para homem, que não cabe dizer o teor, mas foi dura, muito dura. E muito produtiva, muito bem encaixada por eles. O mais importante foi a mudança de atitude, a conscientização”, ressalta.

Cuca é detalhista, não só na hora de ajeitar no vestiário, em cima de uma mesa, os símbolos religiosos (entre eles um terço com as cores do Palmeiras) que usa para seu ritual de fé antes das partidas. Ele ensaia as jogadas, segura a bola para que alguém finalize, gesticula, grita… Ao deixar o gramado após sua primeira vitória pelo Verdão, contra o Rio Claro, sua preocupação era definir logo com a comissão técnica em qual horário seria servido o jantar dos atletas no dia seguinte, parte do processo de recuperação física pós-jogos.

“Quando entro em um clube, eu o pego como se fosse meu. As dores, os problemas… Eu quero arrumar tudo. Mexo, fuço, gosto de montar time do meu jeito, e sinto que o Alexandre (Mattos, diretor de futebol) e o Paulo (Nobre, presidente) são pessoas iguais a mim. Eles vão me deixar montar o meu time.”, aposta.

Especialista em formação de equipes

Quando Cuca diz que espera uma conquista pelo Palmeiras é melhor não duvidar. O técnico está acostumado a colecionar grandes feitos na carreira. No primeiro ano como técnico de um time de Série A, salvou o Goiás do rebaixamento em 2003 com a espinha dorsal do time que o São Paulo montou em 2004, também sob seu comando, e que chegou à semifinal da Libertadores.

“Estava no Paraná e recebi uma proposta maior do Goiás, que estava nas últimas colocações. Olhei o elenco do Goiás e pedi um jogador para o Raimundo Queiroz, presidente do clube. Ele falou ‘Não vou contratar esse ancião! Ele tem 35 anos”. Eu respondi: “Não, tem 36!’ (risos) Era o Simão, volante. Ele me ouviu e contratou. Quando eu pus o Simão de primeiro volante, eu liberei o Marabá e o Josué, dentro daquele campão do Serra Dourada, eu tinha Araújo, Dimba, e levei o Grafite, que era reserva do reserva da Coreia, ninguém sabia quem era… Fiquei com o melhor time do campeonato, demos uma arrancada no segundo turno, um espetáculo. E contratamos só dois jogadores: Simão e Grafite”.

Com Fabão, Josué, Danilo e Grafite, o São Paulo do ano seguinte montou a base que seria campeã do mundo em 2005 e do Brasileirão nos anos seguintes. “Montamos em 2004 um time em que perdemos a Libertadores para o Once Caldas, aquelas coisas que acontecem uma vez na vida, mas deixamos uma base lá que ganhou muitos títulos com (Paulo) Autuori e Muricy (Ramalho), por mérito deles, é claro, mas com uma base já montada”.

Mesmo não sendo campeão, Cuca também montou um Botafogo que jogou bonito entre 2006 e 2008, quando foi semifinalista da Copa do Brasil. “Perdemos nos pênaltis para Corinthians e para o Flamengo no Carioca. Mas todos elogiavam a forma como jogávamos”, recorda-se.

Em 2009, salvou o Fluminense, antes fadado ao rebaixamento, numa arrancada histórica e inédita até hoje. “Fiz um milagre”. Em 2010, no Cruzeiro, foi vice-campeão brasileiro e, no ano seguinte, ganhou o Mineiro e fez a melhor campanha da primeira fase da Libertadores. “Daí apareceu o tal Once Caldas de novo (risos)”. No Atlético-MG, em 2012, foi vice no Brasileiro mais uma vez e conquistou dois títulos estaduais. O topo foi alcançado com o maior título da carreira, a Libertadores de 2013. Na China, chegou a conquistar mais dois títulos com o Shandong Luneng-CHN, antes de acertar com o Palmeiras.

“De 2003 até hoje, esse foi o meu histórico. Foram grandes montagens, times bem trabalhados. Por que não vai dar certo aqui agora? Vai dar”, assegura.

Fonte: ESPN

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