ColunasEduardo Baptista: fim da linha!

Eduardo Baptista: fim da linha!

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Por Thiago Gomes
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Um time recheado de bons jogadores. Miguel Borja, Alejandro Guerra, Yerry Mina, Felipe Melo, Dudu. Só citei os selecionáveis, os ‘picas das galáxias’, os jogadores que todo time no mundo gostaria de ter. Os atletas mais citados na imprensa e com números interessantes.

Um estádio maravilhoso e que dá a oportunidade de se jogar bola de verdade. Vestiários com banheiras de hidromassagem, organização impecável, gramado perfeito e torcida pressionando. Por falar em torcida, mais de 39 mil pessoas apoiando e gritando o nome dos jogadores e do clube. Soma-se à isso os salários em dia, bons vencimentos e premiações pagas pela patrocinadora e pelo clube. Patrocinadora que aparece à cada 30 minutos na maior emissora de TV das Américas e uma das maiores do mundo, com valor/minuto caríssimo.

Cenário perfeito para conquista de títulos e vitórias épicas. Algumas aconteceram. Podemos citar contra o Jorge Willsterman e contra o Peñarol. Porém é importante ressaltar que nenhum desses dois clubes merecia o sofrimento palmeirense. Não são times de primeiro fronte e muito menos times que merecem nossos arrepios. Se vencemos no fim, é porque faltou competência para vencer durante os 90 minutos.

Muitos podem falar: “Nossa, como você é exigente!”. Não é questão de exigência, é questão de cobrar resultados de acordo com o que é oferecido. Eduardo Baptista chegou antes do fim do ano e teve tempo de sobra para armar o time. Teve muito tempo para entender algumas coisas e não colocou em prática ainda.

Não sou daqueles torcedores que acham que técnico ganha jogo. Na minha modesta visão, ganha jogo o conjunto, atletas que se doam e valorizam a camisa que vestem e que são cobrados e orientados por um líder, um treinador com conhecimento de causa. Baptista não é um líder e não tem conhecimento de causa.

Mas aí vão vir questionamentos como: “Poxa, mas para ter experiência o cara precisa ter oportunidade”. Sim, precisa ter oportunidade, mas não no ano que o Palmeiras montou um esquadrão para ganhar a Libertadores. Qual a experiência que ele tem no torneio continental? O que ele fez quando comandava o Fluminense? Quais os resultados que ele alcançou com a Ponte Preta (sendo que nem foi ele que montou realmente o time do interior que teve bons resultados no Brasileiro de 2016)?

O projeto do Palmeiras é grande. Foi gasto muito dinheiro para ter alguns atletas importantes. Conversas, bate papo, orientação e muitas outras táticas precisam ser colocadas em prática. Não poderíamos jamais colocar uma aposta no comando técnico em um ano tão importante. Por uma questão de honra e de alcance de objetivos, precisamos levantar a taça, o bicampeonato da Libertadores. Explico.

2014 foi um ano terrível. Quase caímos de novo. 2015 retomamos, chegamos na final do Paulista e levamos a Copa do Brasil. 2016 conquistamos o Brasileiro e se tivesse um pouquinho mais de empenho levaria também a Copa do Brasil (Allione, seu animal!). Obviamente que ganhar a Libertadores envolve muito mais, porém foi investido mais uma quantidade enorme de dinheiro. Trouxemos Guerra e Borja, dois atuais campeões, e também Felipe Melo. O elenco em si pede essa conquista. Como podemos ter no banco um profissional que pode colocar tudo a perder?

Qual seria a solução? Na minha modesta opinião, buscar Paulo Autuori ou até mesmo Abel Braga. Oferece um contrato melhor, valores maiores e pronto. Ou então até reintegrar Alberto Valentim que já conhece todo o nosso elenco e foi muito injustiçado ao não ter uma oportunidade com a saída de Cuca. Mesmo não tendo toda a larga experiência solicitada no texto acima, trabalhou com muitos técnicos que passaram por aqui. Acumulou experiência de banco e tem bons resultados quando comandou a equipe.

O prisma agora é preocupante. Se vencermos o Peñarol, a situação ameniza. Se não vencer, ficará insuportável. Espero sinceramente que Maurício Galiotte e Alexandre Mattos tenham a mente limpa para tomar uma atitude. E que fique claro que qualquer atitude que seja tomada, a torcida estará junto. Até o apito final, sempre.

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