Baptista não foi demitido por uma derrota, não!

Por Thiago Gomes
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Aconteceu o que todo palmeirense estava esperando: a confirmação da demissão de Eduardo Baptista. O treinador que chegou em dezembro, analisou todos os jogos do Palmeiras do Brasileiro com câmera aberta e teve quatro meses para preparar a equipe. E não conseguiu de forma nenhuma dar padrão ao elenco milionário e recheado de bons atletas.

Ontem eu estava na sede social do Palmeiras para o nosso sagrado futebol de quinta. A pressão era imensa. Em todas as mesas o assunto era a demissão de Baptista e os motivos que não dava para mantê-lo mais. Tanto que até 19h o treinador ainda continuava no comando. Logo depois que Maurício Galiotte mudou de ideia. Ele não aguentou a pressão e também para manter o seu prestígio político, decidiu tomar uma atitude.

Baptista deu uma declaração curiosa e disse que foi demitido ‘porque perdeu na altitude’. Não, Baptista. Você não foi demitido por apenas uma derrota. Aliás ninguém com a consciência em ordem demitiria um profissional por apenas um revés. Você foi demitido por conta de algumas coisas. Vamos lá:

1) Não conseguiu dar padrão de jogo ao elenco poderoso do Palmeiras;
2) Teve cinco meses intensos de trabalho e acabou eliminado perdendo de 3 a 0 para a Ponte Preta;
3) O Paulistão de 2017 era o título mais fácil dos últimos anos e não chegamos nem na final;
4) Duas vitórias sofridas contra o ridículo time do Peñarol;
5) Dizer em entrevista que não sabe motivar e emocionar os jogadores;
6) Escalar o time com três zagueiros e tomar dois gols;
7) Não tem uma jogada ensaiada sequer. Nem tentativa, nada;
8) Levar três gols do Jorge Willsterman, décimo colocado no Campeonato Boliviano;

Além desses oito motivos, a sua demissão foi por conta do medo do futuro. O projeto do Palmeiras é muito grandioso e uma queda na Libertadores será uma verdadeira desgraça. O clube não pode correr esse risco, e você como profissional não estava dando respaldo e nem segurança alguma tanto para dirigentes como para torcedores.

Vida que segue. E que venha Cuca, o grande Salvador. Amém.