Por Thiago Gomes
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O que vou narrar a seguir foi uma realidade na vida de muitos torcedores do Palmeiras e, com certeza, gera emoção forte. Com certeza você foi levado por algum familiar a torcer pelo Verdão. Alguém te levou ao estádio, alguém pode ter dado uma camisa ou simplesmente ter incentivado a ver os jogos pela TV. Qualquer forma exposta é uma forma de ensinar, de mostrar e de aprender com o amor.

Você cresceu, teve as suas atribuições normais da vida como faculdade, trabalho e família, pode ser até que você já tenha filho hoje e pode até ser que quem o ensinou a ser palmeirense já tenha partido para outra dimensão, mas o amor e a devoção pelas cores palestrinas ainda continuam fortes no seu coração. Aliás o amor pelo Palmeiras pode ser o principal elo da saudade pelo seu ente querido que já se foi, e exatamente por isso que o futebol não é só futebol.

Você repete o mesmo processo com seu filho. Talvez com até mais carinho e amor, mostrando exatamente como deve ser. Seu filho crescerá e passará isso para o seu neto, e assim por diante. O Palmeiras é e se tornará eterno justamente por essa passagem de ‘bastão do amor’. Clube para torcer é o que não falta, mas você optou por passar o que faz seu coração pulsar.

O reforço desse entendimento de amor pelo time acontece com a ajuda do clube. Acontece com ações para que os pequenos torcedores possam conhecer o Allianz Parque, o clube, e sentir a emoção que provavelmente sentirão pela vida toda, estando aqui na cidade de São Paulo ou assistindo o jogo em uma pequena TV no interior do Acre. Não importa. E é exatamente por isso que a atitude do Palmeiras contra o Vasco foi espetacular e com absoluta certeza uma das melhores ações dos últimos anos.

A diretoria convidou estudantes de escolas públicas para assistir o jogo contra o Vasco no final de semana passado. Os pequenos estavam consternados de emoção. Cada olhinho demonstrava uma paixão nascendo, crescendo. Foi emocionante. De chorar mesmo. Quando o time entrou em campo eles estavam em êxtase de alegria. Uma felicidade incomum para o dia dia que temos. Foi lindo de ver.

Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras, era totalmente contra tal ação. Na visão dele poderia gerar uma espécie de custo ao clube, que seria total responsável pela segurança das crianças. Ele orientou em entrevistas para que os pais não levassem seus filhos aos jogos pelo motivo de ser perigoso. Claro que pouca gente o fez. Mesmo pagando ingresso, muitos pais levaram seus filhos e fizeram esse esforço financeiro. Nobre teve um comando brilhante e recolocou o Palmeiras no rumo, mas pecou gravemente nesse aspecto. E que aspecto importante, hein?

Por isso queria parabenizar a diretoria do Palmeiras, o presidente Maurício Galiotte e todo o departamento de marketing por essa ação. Meu filho de apenas 3 aninhos com certeza ainda terá essa oportunidade. O Marcos, nome que dei em homenagem ao goleiro, é o garoto da foto que ilustra o post. Palmeirense de coração desde criança. Afinal ser palmeirense não é apenas escolher um clube para torcer, é a formação de caráter e personalidade.

Avanti!