A comparação infrutífera

Por Thiago Gomes
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O Palmeiras não está nada bem. São três derrotas seguidas e quatro jogos sem marcar sequer um único gol. Desesperador. A posição na tabela do Campeonato Brasileiro também assusta, já que estamos beirando o rebaixamento. Esses pontos poderiam ser apavorantes se já estivéssemos em dezembro. Mas não estamos. Estamos em junho e ainda tem muita água para rolar.

Cuca chegou e ainda está limpando o time das invenções de Eduardo Baptista. Muitos reforços chegaram e ele precisava conhecer o elenco. Aos poucos ele vai entendendo quem é quem. E o mais importante: estamos classificados na Copa do Brasil e principalmente na Copa Libertadores. Nada de desespero.

É difícil escutar os comentários de alguns torcedores atacando Cuca e seus comandados. Será que o elenco é tão desqualificado dessa forma? Será que Borja, Guerra, Felipe Melo e companhia são jogadores para descarte? É complicado compreender a lógica. Todo mundo tem seus motivos para criticar e também o seus direitos. Mas temos que ser coerentes na hora de apontar o dedo. Obviamente que não estamos jogando bem e os resultados não estão chegando. Mas isso não é preponderante para descartarmos todos os atletas e rebaixá-los abaixo de zero.

Foi criada uma expectativa muito forte em torno da temporada e o time ainda não correspondeu. Temos tempo, mas não todo tempo do mundo. Cuca vai conversar com cada um e tentar focar no time titular e fazê-lo jogar. Acredito eu que no jogo de sábado, contra o Fluminense, já teremos uma cara melhor e um desempenho um pouco acima. É indiscutível que o time melhorou desde o duelo contra a Chapecoense. Em Chapecó não acertamos nenhum chute no gol. Estatística e números não me fazem mentir.

Comparação e discussão sem objetivo
Vários palmeirenses nas redes sociais comparando o time de 2016 com 2017. Vi alguns brigando, inclusive, defendendo a sua bandeira. Mas, analisem comigo: onde vamos chegar com essa comparação? Desculpe, mas é infrutífera. Passado é passado. Graças a Deus acertamos o time e levamos o título que não vinha desde 1994. A longa estiagem acabou. O momento que vivemos agora é bem divergente. Até presidente mudou, até gestão. Fica impossível realizar qualquer tipo de comparação. E se colocar time lado a lado resolvesse, sem dúvida já teríamos feito isso há tempos.

Frutífero é acompanharmos o time na arena a empurrar para a vitória. Frutífero é apoiar o Palmeiras até o apito final e vê-lo conquistando os três pontos. Precisamos e temos a consciência de que isso é primordial para alavancarmos o ano, sem caça as bruxas.