Com cara de Libertadores, Santos vence Palmeiras e encerra jejum

Enquanto sorteio definia adversários de Peixe e Verdão na Libertadores, times fizeram um confronto com mais cara de mata-mata do que de Brasileirão. E pode vir mais por ai...

O jogador Zé Roberto, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Victor Ferraz, do Santos FC, durante partida válida pela sétima rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, no Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro).

Os primeiros minutos de Santos e Palmeiras, nesta quarta-feira, ficaram em segundo plano, já que ao mesmo tempo a Conmebol sorteava os adversários dos dois times nas oitavas de final da Libertadores. E quando os destinos de Peixe e Verdão se encontraram na competição continental (podem se enfrentar nas quartas de final, se avançarem), a partida parece ter ganhado ares de mata-mata e passou a valer muito mais que os três pontos, estes conquistados pelos donos da casa, que venceram por 1 a 0.

Até mesmo o gol de Kayke, no início do segundo tempo, teve cara de Libertadores, ao sair dos pés de um zagueiro (David Braz), e passar pelo cruzamento de Jean Mota, improvisado na lateral esquerda. Como não poderia faltar uma polêmica em um clássico que envolve Santos e Palmeiras, os visitantes reclamaram de um toque do autor do gol em Edu Dracena, que caiu e deixou o camisa 11 livre.

Mas antes disso, as duas equipes fizeram apresentação tecnicamente abaixo do que podem apresentar. O Peixe de Levir Culpi, estreante, abriu mão do estilo de Dorival, que priorizava a posse de bola e se arriscou nas tentativas de lançamento. Individualmente, Bruno Henrique era o lampejo do Peixe para o caminho do gol. O Palmeiras de Cuca, que fechava todos os espaços possíveis, principalmente com Thiago Santos, só deixou o lado direito para Jean Mota e Copete, que buscavam Kayke.

Ao esconder a escalação durante a semana, Cuca surpreendeu com Juninho como lateral-esquerdo e com Antônio Carlos na zaga. Keno entrou só no segundo tempo e Zé Roberto atuou como meia. No contra-ataque, o único modo do Palmeiras se apresentar, Vanderlei levou sustos, principalmente com chute de longe de Róger Guedes, que acertou o travessão.

Após a abertura do placar, o Peixe ganhou confiança, mas o Verdão ganhou campo. Róger Guedes, que mudava de lado a todo instante, aterrorizou a defesa do Santos. Bate e rebate, mas só Vanderlei salvou.

Como acontece em todos os clássicos entre Santos e Palmeiras desde 2015, os goleiros não deixaram de aparecer e tiveram suas noites a serem lembradas. Se o camisa 1 da Vila teve a chance de ouvir seu nome vindo das arquibancadas, Prass não teve quem gritasse o seu, mas fez por merecer por duas vezes e evitou que o Alvinegro ampliasse.

Como o clássico pela Libertadores por enquanto está só no imaginário e só acontecerá se Santos passar por Atlético-PR e Palmeiras por Barcelona de Guayaquil, do Equador, os três pontos vão para a conta do Peixe no Brasileirão. Agora, o Santos soma 12 pontos, enquanto o Palmeiras continua com sete e chega a quatro derrotas, próximo da zona de rebaixamento. Na mesma conta santista, fica o alívio de ter vencido o primeiro clássico no ano.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 X 0 PALMEIRAS

Local: Vila Belmiro, Santos (SP)
Data: 14/06/2017
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio – GO
Auxiliares: Bruno Raphael Pires – GO e Leone Carvalho Rocha – GO
Público/ Renda: 10.143 / R$ 406.970,00
Cartões amarelos: Juninho (PAL), Tchê Tchê (PAL) , Lucas Lima (SAN)
Cartão vermelho: –
Gol: Kayke, aos 05’/ 2ºT (0-1)

aos 23’/1T)

SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Renato, Thiago Maia e Lucas Lima (Hernández 50’/ 2ºT); Copete (Noguera 50’/2ºT), Bruno Henrique e Kayke (Leandro Donizete 32’/ 2ºT).
Técnico: Dorival Júnior

PALMEIRAS: Fernando Prass, Mayke, Edu Dracena, Antônio Carlos Juninho e Zé Roberto (Keno 11′ /2ºT); Thiago Santos (Raphael 38’/ 2ºT), Tchê Tchê (Jean 251/ 2ºT) e Guerra; Róger Guedes e Willian.
Técnico: Cuca