Blog do Thiago LopesO Palmeiras evoluiu com Luxemburgo no comando?

O Palmeiras evoluiu com Luxemburgo no comando?

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O Palmeiras fez, até a paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus, 12 jogos oficiais na temporada. Ao todo, foram sete vitórias, quatro empates e uma derrota, onde a equipe marcou 20 gols e sofreu seis. Em meio a algumas saídas no elenco, Vanderlei Luxemburgo contou com apenas dois reforços vindo de outros clubes, além dos jovens da base que subiram para o profissional: Veron, Gabriel Menino, Patrick de Paula Wesley, Esteves e Alan.

OS REFORÇOS

Assim como prometido pela diretoria – com contratações pontuais – os nomes que o Palmeiras foi buscar no mercado, de fato, chegaram e logo se tornaram titulares: Matías Viña e Rony. O uruguaio, que defendia o Nacional, assumiu a posição e garantiu mais equilíbrio ao setor defensivo, além de boas chegadas ao ataque.

Rony, por outro lado, não se esconde em campo, mostrando ter personalidade, mas como já antecipado por Luxemburgo, o nervosismo tem atrapalhado o camisa 11. Afinal, não lhe faltaram boas oportunidades de marcar seu primeiro gol. Em contrapartida, em dois jogos na Libertadores já distribuiu dois passes para gols.

GAROTOS DA BASE

Veron já estava no elenco desde o fim da temporada passada quando se destacou ao lado de Dudu. Entretanto, em 2020 o garoto de 17 anos ainda não correspondeu a expectativa já criada por conta de suas boas aparições contra Goiás e Cruzeiro no Brasileirão-19. Mas é de se esperar essas oscilações de um jovem promissor, obviamente, ainda não lapidado.

Enquanto isso, Gabriel Menino e Patrick de Paula foram as surpresas. Já no Torneio de pré-temporada na Florida Cup, o qual o Palmeiras venceu em janeiro, os meias se destacaram e logo mostraram um grande potencial. Menino atuou boa parte como lateral direito, já que Marcos Rocha e Mayke estavam lesionados. E Patrick atuou em 50% dos jogos no ano, apesar de ser a quarta opção na posição de ‘volante’ – atrás de Bruno Henrique, Ramires e Zé Rafael.

Outro que se destacou em solo americano, Wesley é o único que ainda não passou a ter muitas oportunidades com Luxemburgo. Com apenas 85 minutos, em dois jogos, não entrou em campo desde a derrota para o RB Bragantino em 2 de fevereiro. Enquanto Esteves e Alan sequer receberam uma oportunidade no Campeonato Paulista, ficando apenas no banco de reservas em alguns momentos.

O TIME IDEAL DE LUXEMBURGO

Pelo terceiro ano consecutivo, Weverton é o goleiro titular do Verdão, até por isso, Jailson sequer entrou em campo em uma partida oficial. O ‘pofexô’ comprou a ideia de utilizar Felipe Melo como zagueiro e até o momento, de certa forma, tem dado certo com Gustavo Gómez, enquanto Vitor Hugo e Luan brigam por fora, além de Emerson Santos.

Na lateral direita, Marcos Rocha é o nome da posição, enquanto Mayke segue de fora, Gabriel Menino vai sendo improvisado. Do outro lado, Viña é o titular absoluto desde sua chegada, resta saber se Victor Luis ou Diogo Barbosa serão negociados, até porque não faz sentindo manter dois laterais como reserva já que não atuam em outras posições. Além de tirar o espaço que seria preenchido por Lucas Esteves, destaque da base nos últimos anos.

FALTA DEFINIR O ‘CAMISA 10’

No meio de campo, a princípio, Ramires e Bruno Henrique são os titulares, mas há controvérsias. Podendo ainda chegar um camisa 5 de origem, a dupla tem como características a chegada ao ataque e não a marcação, o combate como Thiago Santos exercia muito bem. Com isso o meio de campo em alguns momentos fica ‘espaçado’, bem distante dos zagueiros. O que pode ser o grande problema de um setor não muito veloz na recomposição, com dois jogadores acima dos 30 anos, principalmente com Ramires, aparentemente, ainda fora de forma.

Zé Rafael é praticamente o 12º jogador de Luxemburgo, onde atuou em todos os compromissos do clube no ano, mantendo uma grande regularidade, com boa saída de bola jogando como segundo volante. Já Patrick de Paula, forte fisicamente, não abandona sua posição, vai ao combate e gosta de arriscar de fora da área.

Dos armadores, Scarpa é quem menos esteve em campo, foram apenas 128 minutos em campo, divido em três jogos. Veiga em cinco oportunidades atuou em 235 minutos. Com 648, Lucas Lima foi o mais escalado, oito vezes. Todos marcaram um gol cada, e esses números são com base no Paulistão, já que na Libertadores, os três ficaram no banco de reservas e não foram utilizados.

No ataque fica difícil abrir mão de um jogador como Luiz Adriano e Willian. Ambos são muito bons tecnicamente, onde o camisa 10 faz um pivô, a famosa parede, como ninguém, além de saber fazer gols. Enquanto Bigode é muito importante taticamente e sempre deixa sua marca. Até por isso, Luxemburgo mantém os dois em campo, com Dudu sendo o meia armador e Rony pelo lado.

Sendo assim, a equipe estava sendo formada (e a tendência é que permaneça) num 4-2-4 com: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo (c), Gustavo Gómez e Viña; Ramires e Bruno Henrique; Dudu, Bigode, Rony e Luiz Adriano. Chegando a ser o TIME DO ‘IMPROVISO’ com Gabriel Menino escalado na lateral direita, Felipe Melo na zaga, Ramires como primeiro volante e Dudu como 10, bizarro.

OPINIÃO

Não acredito que o Palmeiras tenha evoluído com Luxemburgo. Em muitos momentos (contra o Santos ficou claro) a equipe claramente se ‘organiza’ para jogar no contra-ataque. O que mais me incomoda é a falta de pressão ofensiva principalmente nos primeiros 15 minutos, jogando em casa e principalmente fora.

O time não impõe um respeito, não dá um cartão de visita logo cedo, não dá para aceitar sair perdendo para o Mirassol em casa. Normalmente, a primeira finalização no gol adversário acontece apenas depois de 25 minutos de jogo, muitas vezes sequer vai no alvo.

A verdade é que o primeiro tempo de todos os compromissos até aqui foram lamentáveis, se o Tigre fosse uma equipe melhor qualificada aproveitaria as chances, que foram muitas, e ganharia o jogo de estreia na Libertadores. Vale ressaltar que quando o Palmeiras sai atrás do placar dificilmente consegue reverter, nem mesmo em um jogo definido em 190 minutos.

Além disso, há muito tempo está claro que o time não sabe se comportar muito bem sendo pressionado, seja pelo adversário, torcida ou a insatisfação com a arbitragem. O que deixa muito claro o motivo dos fracassos em jogos de mata-matas, o ‘pior’ de todos foi a eliminação para o São Paulo em baixa, com média de jogadores com 22 anos, uma vergonha.

Por fim, não contrataria Luxemburgo, que foi, claramente, contratado pelo nome, pela identificação com o clube e o torcedor palmeirense, Felipão tinha e tem tudo isso e foi tratado como só mais um em sua saída… Difícil é citar um outro nome para o cargo, já que Sampaoli pediu muito. Agora é esperar os próximos capítulos dessa temporada e torcer para que o desfecho seja positivo.

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