Dia 26 de maio de 1999. O Palmeiras tinha uma verdadeira decisão contra os argentinos do River Plate pela semifinal da Copa Libertadores. No jogo da Argentina, 1 a 0 para o time da casa. E só não foi mais porque o Verdão teve uma boa pitada de sorte.
Naquela noite, mais de 30 mil palmeirenses se reuniram em torno do estádio Palestra Itália. Muitos chegaram mais cedo e com uma boa dose de apreensão. Será que o Palmeiras se classificaria para a grande decisão? O jogo, então, começou.
Aos 17 minutos, Alex mostrou seu cartão de visitas. Matou a bola no peito, uma pequena ajeitada e gol! Golaço.
“Foi espetacular, chegou a ser surreal. Individualmente falando tudo aconteceu de uma maneira 100%. Errei o mínimo do mínimo naquela noite,” disse o camisa 10.
Dois minutos depois, Oséas viu Roque Junior na área e cruzou. A cabeçada, bem feita, foi no canto. Impossível defesa. 2 a 0.
O placar parcial por si só já dava a classificação. Mas o visitante tinha uma equipe bem montada e traiçoeira. Era preciso matar o confronto logo.
Palmeiras matador no segundo tempo; Alex, o herói da classificação
Na segunda etapa, após perder pelo menos três chances claras, Alex mostrou de novo o poder da canhota. Pela esquerda, recebeu toque de Paulo Nunes e tocou no canto de Bonano. Um golaço que confirmou a passagem palestrina para a grande final da América.
“Antes de sair o (primeiro) gol, já tinha tido comigo uma bola na trave. Depois achei dois ou três passes em que achei nossos atacantes com chances claras de fazer o gol, e a gente acabou perdendo. Faço o gol em uma jogada que tinha combinado com o Zinho, de uma ocupação de espaço que o River oferecia. No final, em um lance de ataque do River, uma puxada de contra-ataque que começa comigo e acabo finalizando,” disse Alex.
“Veja que dificuldade… Enfrentamos o Corinthians, o rival principal e naquele período o time campeão brasileiro, que no mesmo ano acabou sendo bicampeão brasileiro. Jogadores de qualidade altíssima, um time muito bem planejado pelo Luxemburgo em 1998 e depois, com a saída do Vanderlei para a Seleção, com o Oswaldo (de Oliveira). O Vasco da Gama fortíssimo, campeão da Libertadores no ano anterior. O River Plate com jogadores de muita qualidade, que conheciam bem a competição. Foi uma competição duríssima. Muita gente comenta a respeito do Deportivo não ter a qualidade dos jogos anteriores, mas os colombianos tinham um bom time e estavam jogando bem,” finalizou o meia.
Na decisão, o Palmeiras perdeu para o Deportivo Cáli na Colômbia e reverteu o placar no Palestra Itália. Nas penalidades, Zapata perdeu a cobrança e o Verdão confirmou seu primeiro, e único, título da Libertadores.
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