Por atuações como essa diante do Grêmio que muitos torcedores pedem a saída de Vanderlei Luxemburgo do Palmeiras. Após um grande resultado contra o Bolívar, pela Libertadores, com a exceção de Luan, dando lugar a Felipe Melo, a equipe foi mantida neste domingo, jogando no Rio Grande Sul.
Não só o time no papel, mas também com a mesma postura em Cochabamba. O Palmeiras em nenhum momento do primeiro tempo buscou abrir o placar. Pelo contrário, se abdicou da bola, o que mostra apenas 35% de posse nos 45 minutos, e procurou travar o jogo com faltas no meio de campo, travando o jogo e ganhando tempo.
A equipe gaúcha poderia até jogar sem Vanderlei no gol, até porque sequer foi necessário a participação do goleiro, que não precisou fazer nenhuma defesa. A conexão entre Willian Bigode e Rony não deu certo. O camisa 11, que foi eleito pela Conmebol no jogo no meio de semana, não fez uma boa atuação. Mas também não teve com quem fazer jogadas no ataque, uma vez todo o time estava postado atrás do meio de campo.
Na segunda etapa, a equipe conseguiu, com a entrada de Wesley, fazer uma boa jogada de velocidade pelo lado esquerdo, quando Viña encontrou Raphael Veiga na entrada da área e o meia realizou um belo chute, pegando a bola de primeira no alto, para abrir o placar.
Então uma surpresa para o Verdão que, claramente, jogava por mais um empate no Campeonato Brasileiro. E conseguiu. Mesmo colocando Vitor Hugo nos últimos minutos para segurar as bolas lançadas na área pelo Grêmio, o time sofreu um gol no apagar das luzes com Ferreira, de apenas 1,75cm, antecipando a defesa e marcando de cabeça, após cobrança de escanteio.
Com isso, agora o Palmeiras chega ao sexto empate em 10 jogos. Um novo empate com sabor de derrota, como foi contra o Bahia, há cinco rodadas atrás. Além dos tropeços jogando em casa contra Goiás e Sport, times que irão brigar contra o rebaixamento até o fim.
Então, de pontos em pontos, o Palmeiras vai desperdiçando a oportunidade de assumir a liderança do campeonato. Isso por pensar pequeno, como um time pequeno, longe das obsessões do clube.
É hora de mudar. Antes que seja tarde e que possíveis consequências tragam mais problemas no clube.
No fim da temporada passada, depois de demitir Mano Menezes, o presidente Galiotte prometeu mudar a visão de futebol no clube e grandes reformulações. Já se passaram nove meses e nada disso aconteceu.
