O ano de 1942 é um marco importantíssimo na história da Sociedade Esportiva Palmeiras, como um período de grandes mudanças.
O mundo estava cercado de incertezas devido a Segunda Guerra Mundial, onde de um lado do confronto estavam os Aliados, formados por Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética e, do outro, Alemanha, Itália e Japão integravam o Eixo.
O Brasil se manteve neutro durante o início da guerra, em 1939, até o ano de 1942, quando o Brasil rompeu as relações diplomáticas com os países do Eixo.
Em março, o presidente Getúlio Vargas assinou um decreto tornando “os bens e direitos dos súditos alemães, japoneses e italianos, pessoas físicas ou jurídicas, respondem pelo prejuízo que, para os bens e direitos do Estado Brasileiro, e para a vida, os bens e os direitos das pessoas físicas ou jurídicas brasileiras, domiciliadas ou residentes no Brasil, resultaram, ou resultarem, de atos de agressão praticados pela Alemanha, pelo Japão ou pela Itália”.
Neste contexto, bens de imigrantes italianos, japoneses e alemães poderiam ser confiscados pelo Estado.
Para não correr o risco de perderem seus bens, diversas instituições passaram a adotar novos nomes.
O Palestra Italia passou a se chamar Palestra de São Paulo, tirando a palavra “Italia” do seu nome. Já a palavra “Palestra” foi mantida por ser uma expressão grega.
Porém essa mudança não foi o suficiente para acabar com a perseguição política. Foi então necessário escolher um novo nome para o Palestra, sob a alegação de que a palavra “Palestra” fazia alusão à Itália.
E foi no dia 14 de setembro de 1942 que Ítalo Adami (presidente) reuniu os dirigentes palestrinos para oficializar o novo nome do clube, que, por sugestão do Sr. Mário Minervino (membro da diretoria palestrina), passou a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras.
Dois fatores teriam motivado a escolha: a quantidade abundante de palmeiras dentro das dependências do clube e a decisão de homenagear a extinta Associação Atlética das Palmeiras, agremiação com o qual o Palestra manteve bom relacionamento institucional nos primórdios de sua existência, além do principal, que era manter o P como primeira letra. (fonte: palmeiras.com.br)
A troca do nome se deu exatamente na véspera da final do Paulistão de 1942, contra o São Paulo.
O Palmeiras vencia o jogo por 3×1 quando o clube do Morumbi se retirou do gramado entregando assim o título para o alviverde, famoso episódio conhecido como “Arrancada Heróica”, marcada pela frase do então técnico Armando Del Debbio: “O Palestra morre líder. O Palmeiras nasce campeão”.
