A Primeira Academia

Já no final da década de 50, o Palmeiras, tantas vezes campeão paulista, e até mundial, mudou para seu atual símbolo, lembrando o do antigo Palestra.

Entretanto, após o maravilhoso ano de 51, o Palmeiras enfrentou um período de oito anos de fila, para só voltar a ser campeão em 1959, já com o time todo reformulado e com o novo ídolo da torcida: Djalma Dias, o primeiro da Primeira Academia. O título veio contra o temível Santos de Pelé, em um 2 a 1, com gol do Rei.

O nome “Academia” dado ao time do Palmeiras dos anos 60 se deu devido ao fato de que os seus jogos não eram meras partidas de futebol, eram verdadeiras aulas, com mestres da bola em campo.O grande mestre, maestro de tantos craques, do único time que conseguia bater o Santos de Pelé, era Ademir da Guia, filho de famoso pai jogador de futebol, Domingos da Guia. Ademir, de passos largos que lhe davam um ar de leveza, e calado, permaneceu por quase um quarto de século no meio-de-campo palmeirense. Ademir da Guia, o maestroda 1ª e da 2ª Academia.

O time comandado pelo mítico Osvaldo Brandão, consistia de Valdir de Moraes, goleiro; Djalma Dias e Waldemar Carabina, zagueiros; Djalma Santos, lateral-direito; Ademir da Guia, Julinho, Zequinha, e Vicente Arenari. No ataque: Servílio, meia-atacante; Vavá, destaque da seleção de 58 e 62; e Gildo, ponta-direita recordista com o gol mais rápido do futebol brasileiro: 9 segundos. Para completar o time, ainda chegaram ao decorrer da Academia: Ferrari, Minuca, Ademar Pantera, Luisito Artime, Tupãzinho, Rinaldo e Dudu.

Este time foi campeão da Taça Brasil de 1960, Torneio de Florença e de Guadalajara em 63, Rio-São Paulo de 65, Paulista de 63 e 66, Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa no mesmo ano: 67.

O time, admirado por todos, e apenas menos temido do que o Santos de Pelé, Pepe e cia, foi chamado em 1965 pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos – antecessora da CBF) para ser a seleção brasileira na inauguração do Mineirão. Uma homenagem única, a primeira e única vez em que um time inteiro, com reservas e tudo, representou a seleção brasileira. Além disso, foi a única vez em que um estrangeiro foi técnico da seleção brasileira: Filpo Nuñes, argentino. Valdir, Servílio, Julinho, Waldemar Carabina, Ademir da Guia, Djalma Dias, Djalma Santos, Rinaldo, Ferrari, Dudue Tupãzinho venceram o Uruguai por 3 a 0.

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Palmeiras representou o Brasil em 1965