Cuca admite ‘efeito Guerra’, mas vê cansaço como o vilão em derrota

A saída repentina de Alejandro Guerra da concentração do Palmeiras, após o caso de afogamento do filho do jogador venezuelano, no Brasil, obviamente abateu todo o elenco do Palmeiras, horas antes da derrota para o Barcelona-EQU, pela Copa Libertadores da América. O técnico Cuca, no entanto, tratou de afastar o drama do camisa 18 como o motivo para o revés.

Em entrevista coletiva após a partida, Cuca admitiu o efeito no grupo do ocorrido com Guerra, que retornou ao Brasil para acompanhar a evolução do quadro do filho. O menino de 3 anos está internado no Hospital Albert Einstein em estado estável, segundo o Palmeiras.

“Meio-dia, você olha ele correndo, desesperado pelo corredor, com desencontro de informações e notícias pesadas para uma criança de três anos. Não tem um que não liga na mesma hora para a família. Qualquer ser-humano sente; time que tem um jogador assim vai sentir”, declarou o treinador, antes de, no entanto, negar qualquer peso pelo ocorrido na atuação do time.

“Isso não teve influência no resultado, teve influência o desfalque dele. (…) Não seria justo dizer que perdemos por causa do lado emocional, não é uma desculpa”, acrescentou Cuca, que enxergou uma queda da equipe na parte final, a mais importante do duelo.

“Perdemos porque sentimos os 15min finais; sentimos o cansaço, a viagem. A mexida que fizemos foi para dar um gás novo, mas elas não surtiram tanto efeito. Deixamos o time mais ofensivo para fazer o gol, mas ficamos muito atrás. Isso é do jogo e faz parte, vamos mobilizar em todos sentidos para reverter em casa”, analisou.