Desde que os problemas começaram a surgir no Palmeiras, Cuca disse que precisava encontrar uma escalação ideal para criar uma base e fazer o time evoluir. Por isso ele testou diversas mudanças nos últimos tempos – e quase nada deu certo. Mas na vitória deste domingo (27), contra o São Paulo, o técnico pode ter achado uma mudança valiosa para o Verdão: a alteração no posicionamento de Alejandro Guerra.
Cuca escalou o Palmeiras no tradicional 4-3-3. Mas em vez de colocar Guerra no meio-campo, como é habitual desde o começo do ano, ele deslocou o venezuelano para a ponta direita. Os três jogadores do meio-campo foram Bruno Henrique, Tchê Tchê e Moisés.
O primeiro ganho desse alteração foi que os três meias marcam bem e portanto dão liberdade para Guerra jogar mais livre, com menos preocupação de ajudar na defesa.
Mas a principal mudança que aconteceu no time foi o aumento na troca de passes e triangulações. Enquanto não tinha sofrido o primeiro gol, o Palmeiras criou boas jogadas com tabelas rápidas pela direita, justamente onde Moisés, Guerra, Tchê Tchê e Jean, quatro jogadores de boa técnica, se encontravam. Depois que levou o gol, o time ficou mais bagunçado, mas mesmo assim houve esporádicos momentos de inspiração.
Durante o ano, quem jogava pela direita no Palmeiras normalmente era Róger Guedes, que é um jogador de característica bem diferente. É rápido, veloz e driblador. Isso fazia o Palmeiras optar por mais lançamentos e jogadas individuais, que nem sempre davam certo.
Desde o começo do ano, havia boa expectativa sobre dupla Moisés e Guerra. Mas o primeiro se lesionou gravemente e só agora a parceria foi criada. No primeiro jogo que ambos foram titulares, contra a Chapecoense, não deu certo. Eles jogaram pelo meio e, muito avançados, foram bem marcados e participaram pouco do jogo. Com a alteração feita por Cuca, o São Paulo foi surpreendido por uma novidade no Palmeiras. E isso pode ser a base que Cuca tanto esperava para fazer o time evoluir no Brasileirão.