Mais padrão, menos gols sofridos: o que o Palmeiras pode ajustar em 10 treinos

Após bater São Paulo, time volta a campo somente em 9 de setembro, contra o Atlético-MG

O treino do Palmeiras nesta quarta-feira, na Academia de Futebol, será o primeiro de uma rara série até a próxima partida, contra o Atlético-MG, em 9 de setembro. Depois de ter derrotado o São Paulo por 4 a 2, no último domingo, o elenco ganhou duas folgas, mas, ainda assim, terá dez dias (mais tranquilos) de preparação até viajar a Belo Horizonte.

– Podemos melhorar muita coisa ainda, mas estamos no caminho certo. Vamos ter um pouco de tranquilidade para trabalhar, é mais fácil trabalhar após vitória. Teria um peso muito grande uma derrota – avalia o volante Tchê Tchê, referindo-se ao triunfo no Choque-Rei.

Mesmo a vitória no clássico não escondeu alguns problemas da equipe treinada por Cuca, que se expôs defensivamente em diversos momentos e foi vazada duas vezes no primeiro tempo.

– Temos esse tempo para entrosar, não sofrer os gols bobos que estamos sofrendo e conseguir mais vitórias no campeonato. Estamos felizes por ganhar o jogo, mas sabemos que precisamos melhorar muito para buscar os objetivos na competição – disse o zagueiro Luan.

A tendência é que, como de costume, as partes táticas das atividades sejam fechadas à imprensa. Nelas é que Cuca tentará ajustar alguns aspectos no atual quarto colocado do Campeonato Brasileiro.

Listamos abaixo alguns deles:

– Sofrer menos gols: em seis jogos em agosto, o time só não foi vazado na vitória sobre o Barcelona de Guayaquil (1 a 0), pela Libertadores. Ao todo, foram sete gols sofridos, quase todos em descuidos de marcação.

– Entrosar a primeira linha de quatro: contra o São Paulo, Cuca inverteu Edu Dracena e Luan de lado no intervalo. Há muita dificuldade em se repetir o sistema defensivo, o que prejudica o encaixe entre as peças e a cobertura dos zagueiros aos laterais.

– Dar padrão ao estilo de jogo: no clássico, a formação titular teve um atacante a menos para povoar mais o meio-campo. Em vez de velocidade, a ideia foi ter a bola. O período sem jogos pode servir para mais ensaios.

– Saber segurar a vantagem: em três das quatro partidas em que esteve à frente em algum momento no último mês, o Palmeiras se desconcentrou e sofreu o empate. Contra o Vasco, foi nos minutos finais. Diante de Botafogo e São Paulo, houve tempo suficiente para recuperar o placar.

– Jogadas ensaiadas: marca do Palmeiras campeão brasileiro de 2016, essa arma não tem aparecido como antes. Na maioria das faltas, a equipe alça bolas diretamente à área à espera de um cabeceio.

– Recuperar Dudu fisicamente: o tempo sem jogos será útil também para deixar o capitão 100%. Ele se recupera de lesão muscular na coxa esquerda e já começou a treinar com bola.