Encostados, veteranos, técnico e até Barcelona: nove decisões que o Palmeiras terá que tomar para 2018

A temporada 2017 do Palmeiras campeão brasileiro começou sem Cuca e a substituição por Eduardo Baptista, a demissão do filho de Nelsinho e o retorno do “novo-velho” treinador. O próximo ano, porém, pode não ter novamente o ex-jogador do clube, mas não é apenas o futuro dele quem está em jogo no Palestra.

Claro: se ele continuar, muito do planejamento para 2018 passará por ele. No entanto, se sua (nova) saída for anunciada, a diretoria terá de tomar decisões.

O ESPN.com.br separou nove casos de jogadores importantes, encostados, veteranos e também do atual técnico que o Palmeiras vai precisar definir para o próximo ano. Alguns até parecem simples de resolver, mas outros…

Fernando Prass

O presidente Maurício Galiotte afirmou recentemente que a renovação do ídolo alviverde está apalavrada. Mas a demora em procurá-lo para discutir a extensão do vínculo – que acaba em dezembro próximo – não deixou o goleiro de 39 anos muito satisfeito, e em entrevistas ele deixou claro isso.

Para 2018, a diretoria deve contratar outro arqueiro (Gatito Fernández, do Botafogo, é uma possibilidade), e Prass e Jailson – se recuperando de lesão – precisam abrir o olho para ver quem segue no Palestra Itália na próxima jornada.

Yerry Mina

O zagueirão tem tudo certo para continuar no Palmeiras pelo menos até a Copa do Mundo de 2018. Mas as exibições que tanto agradaram ao Barcelona, que já o contratou, podem fazer com que o colombiano chegue antes à Espanha?

Em janeiro parece improvável sua saída, mas depois do Mundial da Rússia, a torcida alviverde não deverá mais contar com Yerry Mina.

Zé Roberto

Aos 43 anos, Zé Roberto está no crepúsculo de sua carreira vitoriosa. Seu contrato vai até o final de 2017, e até agora não há qualquer notícia sobre renovação. Agora atuando menos na lateral e mais no meio-campo, onde sempre rendeu mais, o veterano mostrou-se em forma para aguentar o tranco.

Em 2018, porém, ele vai se aposentar dos gramados ou pretende seguir jogando? Uma pergunta a ser respondida nos próximos meses.

Arouca

Lembra dele?

O volante ex-Fluminense e Santos ainda está no Palmeiras, recuperando-se de duas cirurgias no tornozelo esquerdo. Sem jogar desde janeiro, o meio-campista tem contrato até o mesmo mês 2019 com o clube, mas não parece ser uma opção para Cuca.

Aos 31 anos, ainda vale mantê-lo no elenco?

Felipe Melo

A contratação mais polêmica do ano manteve os holofotes em sua passagem. Com Eduardo Baptista, foi homem de confiança; com Cuca, a relação nunca foi boa. E o técnico resolveu afastá-lo para evitar problemas maiores, mas o volante entrou com medida alegando que o clube o estava impedindo de trabalhar.

Resultado: foi reintegrado goela abaixo, mas o treinador não quer utilizá-lo. Se o técnico for mantido para 2018, suas chances de atuar seguirão nulas. Caso o treinador saia, Felipe Melo pode fazer valer o contrato (até 2019) e ser útil ao clube?

Raphael Veiga

Ele assinou com o Palmeiras em novembro passado e foi visto com um futuro promissor. No entanto, até agora, pouco mostrou em campo.

No Brasileirão, foi apenas duas vezes titular, e seu aproveitamento com Cuca caiu: sua última partida foi em 6 de agosto.

Aos 22 anos e com vínculo até 2021, ele merece mais oportunidades ou deveria ser emprestado?

Érik

Talvez o caso mais intrigante do elenco.

Visto como uma joia no Goiás, chegou ao Palmeiras em 2016, mas nunca demonstrou todo o potencial que dele se espera. Jogou pela última vez em 6 de agosto, marcou seu último gol em julho de 2016 e sempre fica no banco de reservas, porém nunca entra em campo.

A concorrência é forte, mas o atacante não conseguiu produzir. Tem contrato por mais três anos no Palestra Itália.

Borja

Artilheiro da fase decisiva da Libertadores 2016, campeão continental e um faro de gol apurado no Atlético Nacional.

“Paradão, sem sangue, enganação”, tirou a paciência de comissão técnica e arquibancadas.

Como um jogador pode em alguns meses mudar seu status no futebol? O colombiano ainda está em período de adaptação, segundo os companheiros de equipe, e 2018 promete ser melhor para Borja. Ainda vale o investimento?

Cuca

Muito do que vai acontecer no Palmeiras passa pela permanência (ou não) de Cuca. O técnico retornou ao clube como “salvador da pátria”, mas as eliminações em Libertadores e Copa do Brasil além da campanha longe do segundo título nacional não lhe garantem o sossego.

Ele já disse estar trabalhando no limite, e os próximos meses serão determinantes para definir qual será o futuro do treinador.

Existe alguém melhor do que ele para ser técnico em 2018?