Em evento na cidade de Taubaté, Brunoro revela “enorme vontade” de trabalhar no Flamengo.
José Carlos Brunoro está promovendo sua segunda passagem pelo Palmeiras. Na primeira vez que esteve no Verdão, amparado pela Parmalat, o executivo teve muito sucesso. Dinheiro farto, muitos reforços e uma administração impecável levaram o Palmeiras aos mais altos patamares do futebol mundial, ganhando dois, três títulos por ano. Uma era inesquecível.
Na segunda passagem, porém, Brunoro não tem tantos recursos na mão. À convite de Paulo Nobre, o executivo é, novamente, o homem-forte do futebol palmeirense. Implantou a política de produtividade financeira e tenta equilibrar a grana do clube.
“Quando cheguei no ano passado, fui tentar contratar alguns jogadores que estavam na reserva de outros clubes. Vou dar um exemplo, o He-Man (atacante Rafael Moura), do Internacional, R$ 400 mil por mês. Ibson, no Flamengo: R$ $400 mil. Eles eram reservas. Isso é uma irresponsabilidade. […] Estamos tentando criar no Palmeiras uma política sólida financeira para que a gente possa ser forte perenemente. Não queremos montar um supertime para o Paulo Nobre ser campeão, ir embora e o time cair por dívidas,” disse.
Mas Brunoro foi além em seu bate-papo no Sesc de Taubaté. O executivo confirmou “enorme vontade” de trabalhar no Flamengo, equipe carioca que vive afundada em sérios problemas financeiros. “Tenho uma vontade enorme de trabalhar no Flamengo, pela marca que é o Flamengo. Já tive quatro convites e não consegui aceitar nenhum por não considerar a proposta firme em termos de autonomia,” disse.
O executivo disse que trabalha mais de 14 horas por dia pela necessidade do clube. Com 64 anos, Brunoro acredita que pode render mais. “Gosto muito de adrenalina. Tenho 64 anos e trabalho 14 horas por dia, até pela necessidade de continuar jovem. Meus filhos são jovens e eu preciso de uma cabeça boa para dialogar com eles.”
