GeralCorinthians, Santos e Palmeiras não quiseram Diego Costa, diz dirigente

Corinthians, Santos e Palmeiras não quiseram Diego Costa, diz dirigente

Paulo Moura, presidente do Barcelona de Capela, conta que ofereceu o atacante, hoje no Atlético de Madrid, aos três grandes paulistas em 2005.

Corinthians, Santos e Palmeiras tiveram a chance de contratar o atacante Diego Costa. Em entrevista ao “SporTV News”, o presidente do Barcelona de Capela, pequeno clube paulista que revelou o jogador, afirmou que os gigantes não se interessaram pelo atacante, que abriu mão de jogar pela seleção brasileira para vestir a camisa da Espanha.

Diego Costa deu seus primeiros chutes como profissional na Série B do Campeonato Paulista (a quarta divisão estadual) de 2005, quando o Barcelona jogava em Ibiúna. Foi nessa época que Paulo Moura, presidente do clube, tentou negociar o jogador com os grandes paulistas.

“Ofereci para Corinthians, Santos, Palmeiras, a resposta que se tinha era: igual a ele eu tenho um monte. Aí o que a gente faz? Fala para o garoto: ‘Volta para sua casa, que você não vai ser jogador porque aqui tem um monte no mercado’? Ou nós procuramos um outro mercado para ele? Foi o que nós fizemos, procuramos um outro mercado para ele, onde as pessoas valorizaram. Diego jogou a categoria juvenil, júnior e o profissional aqui no Barcelona. A profissionalização dele foi aqui conosco antes de sair para o Braga, de Portugal, em 2006” – disse Moura.

O clube sabia que possuia um jogador com um belo potencial, segundo afirma o primeiro treinador de Diego.

?Ele sempre se diferenciava, marcava quatro, cinco, até seis gols. Teve um jogo em que ele marcou oito gols? – afirmou Roderlei Pachani.

O clube encerrou suas atividades profissionais em 2010, mas continua trabalhando na descoberta de novos valores no campo da Capela do Socorro. É lá que trabalha Moacir de Sousa, o Jabá, olheiro que primeiro reconheceu o valor do futebol do atacante, e que hoje vibra, orgulhoso, do sucesso de seu pupilo.

“Apareceu aqui um pastor de igreja, que era o tio dele, lá do centro da cidade, falou aqui: ‘Esse moleque vai ser jogador e vai ser o capeta, porque dentro da igreja, dentro do quarto lá, ele fica chutando bolinha de papel’. Mas só de ele ter jogado aqui, já é uma coisa. É saber que você pôs um filho no mundo, por assim dizer, e ele está lá sendo visto no mundo. Se jogar Brasil e Espanha, o empate por 1 a 1 está de bom tamanho. Se Diego marcar, melhor ainda” – afirmou Jabá.

Os que conhecem Diego de perto parecem entender melhor a opção que o atacante fez por defender a seleção espanhola. O presidente Paulo Moura usa uma metáfora dos relacionamentos para explicar a escolha. – Uma coisa é correr atrás de quem você gosta, outra coisa é você dar atenção para quem gosta de você. Então eu acho que foi isso. Gostar do Brasil, ele adora. Quem não quer? Quem não queria jogar pelo Brasil? Mas o Brasil nunca o quis – encerrou o presidente.

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Fonte: EstadioVIP

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