Líder técnico e também dono da faixa no Palmeiras, chileno vira peça fundamental na briga do time contra o Z-4. “O momento é de ajudar e aparecer mais”.

Valdivia é a principal referência de um Palmeiras que tem garotos como João Pedro (17 anos), Nathan (19 anos) e Renato (22 anos) titulares. Líder técnico e capitão, promovido por Dorival Júnior, o chileno assumiu a responsabilidade de ser o protagonista na luta contra o rebaixamento no Brasileirão. A recente arrancada alviverde teve o meia em seis de sete jogo. Ele atuou nas quatro vitórias (Bahia, Grêmio, Botafogo e Chapecoense), no empate (Corinthians) e na derrota (Santos) da equipe – ficou fora do empate diante do Cruzeiro por suspensão do STJD.

Em números gerais no Brasileirão, o Verdão conquistou 23 dos 42 pontos com Valdivia (54,7% de aproveitamento), e 16 em 54 (29%) sem ele. Lanterna na 20ª rodada, agora é o 13º colocado, com 39 pontos, cinco acima do Coritiba, primeira equipe dentro do Z-4.

Além de fazer a diferença com a bola, como com a assistência dada para Mazinho definir o 1 a 0 sobre o Bahia, no último domingo, na Arena Fonte Nova, ele entendeu seu papel de líder dentro do elenco. O meia, inclusive, é o principal garçom do ano: são seis passes para gols.

– A maioria dos jogadores do Palmeiras é jovem. Eles têm qualidade e ainda vão dar muitas alegrias. Peguei a faixa de capitão em um momento muito especial, tanto para o clube quanto para mim. É ano do centenário.

Maturidade não vem de um dia para outro. Leva tempo e não há um teto em que você diga: pronto, estou no máximo e paro aqui. Sempre há uma experiência nova. Espero seguir nesse ritmo e nessa luta para todos saírem logo dessa situação – disse.

É cada vez mais comum nos jogos do Verdão observar Valdivia orientando o time. Dos zagueiros aos atacantes. Mais falante e participativo, ele também tem ajudado na marcação, pois reconhece a necessidade de se doar por conta da situação que já foi mais complicada.

– O momento é de ajudar, dobrar as forças, aparecer mais e correr muito. Agradeço aos meus companheiros que estão se entregando ao máximo. Estamos saindo de campo sem energias. Precisamos de todos e estamos fazendo por merecer – afirmou.

Em alta com o elenco e com o presidente Paulo Nobre, que declarou recentemente ter o desejo de vê-lo encerrando a carreira no clube, Valdivia voltou a manifestar a vontade de renovar seu contrato. Seu vínculo vale até agosto de 2015, no qual ele recebe salários fixos. Boa parte do atual elenco tem contrato por produtividade.

– No ano que vem o meu contrato acaba. No começo do próximo ano eu posso assinar um pré-contrato com qualquer equipe. Mas se o Palmeiras mostrar interesse em renovar, me sinto à vontade aqui. A minha família está adaptada a São Paulo e ao país. Meus filhos estão na escola. Então, se eu for sair, envolve muita coisa. Por isso, espero que a gente possa renovar, sim. Vamos ver. Temos de esperar – finalizou.

Valdívia beija o símbolo do Verdão. Foto: Mauro Horita

Fonte: Globo Esporte