O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, admite que o ano de 2014 foi uma catástrofe. Mesmo assim, ele afirma que o jeito de governar o clube segue o mesmo e não pode ser alterado por causa dos péssimos resultados na temporada passada.

Ele ainda preferiu não elogiar o time antes de vê-lo em campo e definiu que acredita em um grupo mais forte e sem grandes estrelas. No início do ano passado, após ver a equipe na pré-temporada, ele havia falado que “ia ser difícil ganhar do Palmeiras”. A equipe terminou o ano lutando contra o rebaixamento.

“Eu não sei como vai ser esse time em campo. O belo elenco que tem precisa pegar entrosamento e tudo mais. Eu não vou fugir das responsabilidades, não deixo de assumir que foi uma catástrofe no ano passado, mas também não quero que vocês fiquem com o conceito que está tudo sendo diferente”, explicou o dirigente ao Sportv.

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“Eu estou trabalhando da mesma forma. O jeito que as coisas estão sendo feitas são exatamente da mesma maneira que o ano passado. São os mesmos conceitos. Eu não peço nome, mas tenho o poder de veto, porque sei que a cobrança no fim da linha vai ser para mim”, completou.

Ao fim do programa, ele citou que “como torcedor” e “como presidente” ele espera ver o Palmeiras brigar por títulos.

Nobre também voltou a citar que seus empréstimos fizeram a equipe economizar R$ 300 milhões e explicou que a decisão de colocar dinheiro do bolso foi a última possível.

Ainda no campo financeiro, Paulo Nobre opinou que os clubes precisariam de ajuda do governo e concordou com o veto de Dilma Rousseff ao refinanciamento das dívidas sem que houvesse uma contrapartida.

O presidente foi além e pediu punição na vida pessoal do dirigente que comprometer a saúde financeira de um clube. Nobre confirmou a sindicância para investigar as gestões de Luiz Gonzaga Belluzzo (2009/2010) e Arnaldo Tirone (2011/2012).

“Sem contrapartida, não faz nenhum sentido. Não adianta fazer isso, passar a régua e depois criar uma bolha. Você vai deixar de pagar impostos e vai ser campeão? Não. Você precisa ser rebaixado. E ainda acho que a pessoa física do presidente precisa ser punida. Sem contrapartida, não faz sentido envolver o dinheiro público nos clubes, porque, em 10 anos,você vai ver a mesma situação”, argumentou.

“Não posso dizer da casa dos outros, mas no Palmeiras os dois que não tiveram as contas aprovadas estão sendo alvo de sindicância. Se o Conselho entender que merece, eles terão punição. O Belluzzo e o Tirone serão analisados e podem tomar punições dentro do clube, como serem expulsos ou perder cargos”, finalizou.

Fonte: UOL