Para piorar, atacante deve servir à seleção colombiana durante mata-mata; Deyverson continua em recuperação física

A ausência de Borja na derrota de segunda-feira para o São Caetano, quando quase todos os titulares do Palmeiras foram poupados, expôs uma carência do elenco: neste momento, não há nenhum outro centroavante para alternar com o artilheiro do time na temporada.

A opção inicial do técnico Roger Machado, de utilizar Guerra como “falso 9”, não funcionou. O meia venezuelano se esforçou, buscou o jogo próximo ao meio-de-campo, mas foi seguido de perto e não conseguiu jogar de costas para a marcação, até porque boa parte das bolas chegava pelo alto.

No intervalo, o treinador mudou. Willian substituiu Tchê Tchê (volante que revezava com Bruno Henrique nas subidas ao ataque), entrou mais avançado e fez com que Guerra passasse para a armação.

Mais acostumado à função, o Bigode até ajudou na melhora de produção do time, mas também não teve grande noite diante da defesa do São Caetano. As melhores chances, todas desperdiçadas, foram em tabelas pelo lado que deixaram Keno na cara do gol.

Por fim, Roger Machado colocou mais um atacante em campo: o garoto Papagaio, de 18 anos, que povoou o setor ofensivo, mas teve uma única finalização, ruim, de muito longe.

Borja deve ser baixa no mata-mata
Neste momento, Borja é o único centroavante de ofício à disposição no Palmeiras e tem convivido com dores no joelho direito, motivo pelo qual ficou fora em fevereiro da partida contra a Ponte Preta. Na semana passada, ele foi substituído após fazer um dos gols da vitória sobre o Junior Barranquilla, na estreia da Libertadores.

Para piorar, o colombiano deve ser convocado para dois amistosos de sua seleção nacional (contra França e Austrália, em 23 e 27 de março, respectivamente), podendo perder o segundo jogo das quartas de final e as duas partidas de uma eventual semifinal do Campeonato Paulista.

Além dele, o único 9 do elenco é Deyverson, que sofreu uma fissura em um osso do pé direito, em 20 de janeiro, e passou por cirurgia. Na quarta-feira, ele entra na sétima das oito semanas previstas de recuperação antes de ser liberado para trabalhos de transição física.